Por Fábio Marques
Com a decisão da Justiça em Brasília sobre o impasse das eleições em
Guajará-Mirim, novas conversas e novos acordos começam a se desenhar no
mosaico político municipal. Caberá de agora em diante às pessoas de
passado exemplar, íntegras e de boas intenções corrigir o caos e a
lambança que descambou no estágio em que se encontra todo o processo
eletivo.
Por mais errados os caminhos a que a maioria da
população tenha se deixado embrenhar, o martelo da Justiça nesta
pendenga acabou servindo de modelo e inspiração para dias melhores na
Cidade Pérola. Afinal, era preciso que houvesse um esbarro na bagunça
que se instalou após o cômputo dos votos à prefeito no pleito eletivo de
2016.
Mas passado o temporal, também é passada a hora de
responsabilizar fulanos e sicranos pelo inferno astral que acabou
sobrando após as eleições. Por conta desta confusão, todos os cidadãos
estão passando por dúvidas, apreensões e até tormentos em relação ao
futuro da cidade. Um governo está de saída e até o instante presente não
ocorreu a chamada transição.
O problema é que aqui, na maneira
de raciocinar de alguns leprosos morais, quanto mais o oponente político
se estrepar, melhor. Mesmo que com o inimigo político toda a população
se estrepe. “Experts” na arte de ludibriar, estes abutres manipulam com
maestria as emoções da plebe ignara. Eternos caras-de-pau, enganam,
enrolam e seduzem mentes e corações de pessoas ingênuas. Um exemplo
clássico deste espectro é o que ocorreu nesta eleição.
Na
política há certos fatos e eventos que não dependem da vontade humana,
mas que no entanto podem ser guiados ou mudados por esta vontade.
Portanto é chegada a hora de fazermos alguma coisa por nossa cidade, a
começar pela imprensa na utilização de seu papel de formação de opinião e
de denúncia no que diz respeito à esta situação. Os jornalistas e
radialistas poderiam, por exemplo, se utilizar de seus veículos de mídia
para ensinar a população os conceitos básicos de cidadania com o
objetivo de não se deixar enganar pelos escrotos de plantão ou pelos
cupinchas destes escrotos, visando a eleição de crápulas cujos atos e
atitudes refletem as piores práticas políticas ainda em vigor.
Dos escombros deste episódio ainda há muita coisa a se reparar. Em
especial às distorções e mentiras passadas para a população em formas de
verdades absolutas. Então que a população também consiga extrair deste
teatro macabro exemplos que resultem em efeitos positivos para a prática
cotidiana com a atuação dos homens públicos. Quem sabe assim aprendam a
votar em pessoas de forma consciente e responsável para com o destino
da cidade. Se não queremos mais ficar morrendo na praia, vamos
despoluí-la dos coliformes e das mentiras políticas.
Sei que
pensar assim dá trabalho, atinge consciências, desgosta algumas pessoas,
acaba ferindo o orgulho e a vaidade de muita gente, comporta riscos e
ameaças; mas evita o ridículo e mediocridade.
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Desejo
de coração aos caros amigos leitores um próximo ano de muita paz,
harmonia, saúde, felicidade e dinheiro sobrando. Isto é o que importa.
Coluna Almanaque - DE VOLTA PARA O FUTURO
Por Fábio Marques.
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dezembro 28, 2016
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