Aldeia indígena de Guajará-Mirim participa de programa da PM contra as droga. |
Após pouco mais de dois meses participando do projeto piloto da Polícia
Militar (PM), que levou pela primeira vez o Programa Educacional de
Resistência às Drogas e a Violência (Proerd) para uma aldeia indígena de
Rondônia, 102 índios de oito etnias se formaram na última quinta-feira
(22) na Aldeia Deolinda, situada na zona rural de Guajará-Mirim, a cerca
de 330 quilômetros de Porto Velho. A aula inaugural aconteceu no último
dia 20 de outubro.
A comunidade tem 162 moradores das etnias Canoé, Macurap, Wajuru, Oro
Nao, Oro Eo, Jaboti, Tupari e Surui, e está localizada às margens do Rio
Mamoré, a 60 quilômetros do município. O acesso ao local só pode ser
feito de barco, com tempo de viagem aproximada de uma hora e meia. As
aulas e a formatura aconteceram na Escola Estadual Indígena Pedro Azzi,
dentro da própria aldeia.
Os participantes de 4 a 85 anos receberam certificados, além de uma
premiação simbólica de medalhas e panetones para os autores das três
melhores redações sobre o programa. Depois da inauguração oficial, as
aulas foram realizadas uma vez por semana, sempre às quintas-feiras, a
partir das 9h.
Proerd foi implantado pela primeira vez em uma aldeia indígena de Rondônia. |
O comandante do 6º Batalhão de
Polícia Militar (6º BPM), Tenente Coronel Lauri Guillande, falou sobre o
objetivo do Proerd e avaliou de forma positiva a implantação do projeto
em uma comunidade indígena pela primeira vez no estado.
“A meta sempre foi mostrar para as crianças, adolescentes, jovens,
adultos e os pais sobre os riscos de se envolver com entorpecentes,
bebidas alcoólicas e violência. Dividimos os alunos em quatro categorias
conforme o currículo de cada faixa etária. Trabalhamos com o ‘Proerd
Infantil’, ‘Proerd 5º Ano’, ‘Proerd 7º Ano’ e ‘Proerd Pais’, e foi um
sucesso. O cacique nos relatou que todos ficam cantando a música, mesmo
em rodas de brincadeiras, dai a gente tira o quão importante foi a ida
desse projeto até lá”, comentou.
Manutenção do projeto e expansão para 2017
Ainda de acordo com a PM, mesmo após a formatura através do projeto piloto, o Proerd irá continuar na Aldeia Deolinda, mas como método de manutenção, ou seja, os instrutores irão até a aldeia uma vez por mês e irão trabalhar durante algumas horas sobre os ensinamentos repassados e desenvolver atividades coletivas para incentivar os participantes a manterem a postura adquirida nas aulas.
Ainda de acordo com a PM, mesmo após a formatura através do projeto piloto, o Proerd irá continuar na Aldeia Deolinda, mas como método de manutenção, ou seja, os instrutores irão até a aldeia uma vez por mês e irão trabalhar durante algumas horas sobre os ensinamentos repassados e desenvolver atividades coletivas para incentivar os participantes a manterem a postura adquirida nas aulas.
Como já havia sido divulgado na época da aula inaugural, o projeto vai
ser levado também para outras aldeias indígenas da região. As primeiras
duas comunidades que irão receber o programa em 2017 serão a Aldeia Rio
Negro Ocaia, a partir de março, além da Aldeia Ricardo Franco, no começo
do segundo semestre. As duas aldeias vão receber o Proerd de forma
definitiva, e não só como projeto piloto. A expectativa é que
aproximadamente mil indígenas sejam formados no programa até o final do
próximo ano.
Fonte: G1.