Alunos indígenas de Guajará farão cursos técnicos em Pimenta Bueno

Instituto Abaitará selecionará 50 alunos de 11 aldeias para formação técnica. Cursos têm duração de 3 anos em período integral, com moradia no campus.
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O Mamoré
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Pré-inscritos participaram do início da seleção para as 50 vagas disponíveis
Alunos indígenas de 11 aldeias de Guajará-Mirim (RO), a 330 quilômetros de Porto Velho, serão selecionados para fazerem cursos técnicos no Centro Técnico Abaitará com duração de três anos em Pimenta Bueno (RO), a cerca de 850 quilômetros do município. O processo seletivo iniciou na última terça-feira (14) e está sendo realizado por meio de triagem e entrevistas. Conforme a direção do instituto, são 76 pré-inscritos para as 50 vagas disponíveis.
Segundo a direção do instituto, os pré-inscritos são das Aldeias Deolinda, Barranquilha, Sotério, São João, Bom Jesus, Sagarana, Baia da Coca, Fazendinha, Pedral, Ricardo Franco e Baia das Onças, todas localizadas na zona rural.
Os selecionados poderão ter formação técnica em Agroecologia, Agropecuária, Agronegócios e Psicultura, com aulas em período integral. Os alunos irão morar dentro do próprio campus e terão direito a sete refeições diárias e acompanhamento médico de todas as especialidades, com recursos do Governo Estadual.

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 O objetivo do instituto é que após a formação, os futuros técnicos retornem para suas aldeias e apliquem os novos conhecimentos adquiridos na própria comunidade onde vivem. Os pré-inscritos pertencem a várias etnias como Oro Nao, Oro Waram, Oro Win, Oro Waram Xijein, Jaboti, Canoé, entre outras etnias da região.  
O presidente do Centro Técnico Abaitará, João Faria, explicou que a seleção começou a ser feita, na última terça-feira, na Câmara Municipal de Vereadores. As aulas iniciarão a partir do próximo do dia 6 de março. A previsão é que a seleção seja concluída e os candidatos aprovados sejam anunciados em até uma semana.
"Estamos em um processo de triagem para termos os candidatos aprovados, mas quem não for selecionado agora terá futuramente a oportunidade de fazer cursos profissionalizantes também nas próprias aldeias. Esse é um planejamento futuro, mas que será implantado para levar a formação técnica até aqueles que não tiveram a mesma chance que os outros estão tendo neste momento", afirma.
João também comentou sobre a importância da formação técnica para os indígenas e também dos critérios para selecionar os pré-inscritos interessados. Segundo ele, para os índios não há restrição de idade para que sejam matriculados no campus. Os candidatos serão aprovados por critérios de conclusão dos ensinos fundamental e médio.
"A cultura indígena é rica em produtos e natureza, e a partir do momento que ele tem acesso a cursos técnicos de excelência, ficam capacitados para o mercado de trabalho e podem ser capazes de desenvolver a comunidade onde nasceram, além de gerar renda e atividade sustentável. O critério (para a seleção) é a conclusão do ensino fundamental, mas quem concluiu o ensino médio também pode ser avaliado e ganhar uma chance", finalizou.

 Fonte: G1
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