Por Fábio Marques
As crônicas adiante tem mais a ver com ironias do destino e histórias mal contadas e não com pontos de vistas em sua maioria pautados pela ignorância do escriba. Portanto, um bom carnaval para todos!
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Certa ocasião, provoquei revolta em alguns amigos metidos ao afirmar que taberna que se preza tem que ter rato. O rato não precisa ficar roendo o pé do freguês enquanto este saboreia uma cerveja papeando com o dono da birosca, mas tem que ter. Esta pequena entrada é para contar aos amigos a história do queijo. No tempo do meu saudoso avô, havia sobre vaticana cúpula de vidro embaçada um lendário pedaço de queijo na taberna que ficava na vila de casebres que levava seu nome – Vila do Gato. Alguns estudiosos juravam que o queijo estava ali desde a inauguração do próspero estabelecimento. De vez em quando um amador metido a palhaço, por desconhecer as superstições e segredos do meu avô, pedia: - Dá uma porção desse queijo aí, amigo. Com molho shoyu. Ao que Zé Gato respondia: - Não. O queijo ta estragado e o molho shoyu tu pede pra tua mãe.
Alguns idiotas não conseguiam entender porque o pedaço de queijo, já mais putrefato que a gestão petista na cidade, continuava lá mais exposto que tabaco de corda e charque de balcão. Pura ignorância.
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Mas há outras histórias a serem contadas. Você adentra às 10 da noite num bar cheio de alegria, conversa sobre futebol com o cara que entorna uma cerveja e de repente se depara com a mesma cantilena: incompreensão no lar, mulher que não desgruda do celular e se assusta a cada vez que este a surpreende no messenger. O cara sente-se um marido traído. Não tomaria o tempo de vocês com um papo tão baixo astral. Vamos ao que interessa.
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O bom corno já nasce feito. Mas por via das regras, existem cornos e cornos. Vejam o caso de Lorenço Calafate, quarenta anos, chapa ou carregador como queiram, cinco filhos, alguns poucos dentes, morador do confins do Esmeralda. Sai de casa às cinco e meia da manhã para chegar às seis e quarenta no Porto oficial, de bicicleta cargueira que aqui e acolá lhe decola um carreto de verduras, bicho-de-casco, botija de gás, cigarro e gasolina da Bolívia. Come bóia passada nos botecos da beira do rio e quando está tomando um mé na esquina, o dono do caminhão faz zoação: - Aí hein, aproveitando a folga para tomar cachaça!
Pois este homem, que da árvore da vida só colheu os frutos podres, chega em casa e encontra sua mulher, a única coisa que acredita ser sua na vida, dando para um pastor dessas igrejolas que a cada dia pipocam por aí.
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O que você faria no lugar de Lorenço? Este é um tipo de adultério. Nas melhores famílias, quando um homem encontra a mulher com um jovem da mesma estirpe, assume o chapéu de couro, paga-lhe uma mesada para que o distinto faça companhia à digna e evite que dê para outros e encerra-se por aqui.
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Entreouvida dia desses: - Afaste de minha mulher. E a resposta: - Mas como? Tua mulher é tudo o que tenho na vida.
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De um adepto da política de FHC: - Eu não sou corno. Apenas terceirizo a minha mulher.
As crônicas adiante tem mais a ver com ironias do destino e histórias mal contadas e não com pontos de vistas em sua maioria pautados pela ignorância do escriba. Portanto, um bom carnaval para todos!
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Certa ocasião, provoquei revolta em alguns amigos metidos ao afirmar que taberna que se preza tem que ter rato. O rato não precisa ficar roendo o pé do freguês enquanto este saboreia uma cerveja papeando com o dono da birosca, mas tem que ter. Esta pequena entrada é para contar aos amigos a história do queijo. No tempo do meu saudoso avô, havia sobre vaticana cúpula de vidro embaçada um lendário pedaço de queijo na taberna que ficava na vila de casebres que levava seu nome – Vila do Gato. Alguns estudiosos juravam que o queijo estava ali desde a inauguração do próspero estabelecimento. De vez em quando um amador metido a palhaço, por desconhecer as superstições e segredos do meu avô, pedia: - Dá uma porção desse queijo aí, amigo. Com molho shoyu. Ao que Zé Gato respondia: - Não. O queijo ta estragado e o molho shoyu tu pede pra tua mãe.
Alguns idiotas não conseguiam entender porque o pedaço de queijo, já mais putrefato que a gestão petista na cidade, continuava lá mais exposto que tabaco de corda e charque de balcão. Pura ignorância.
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Mas há outras histórias a serem contadas. Você adentra às 10 da noite num bar cheio de alegria, conversa sobre futebol com o cara que entorna uma cerveja e de repente se depara com a mesma cantilena: incompreensão no lar, mulher que não desgruda do celular e se assusta a cada vez que este a surpreende no messenger. O cara sente-se um marido traído. Não tomaria o tempo de vocês com um papo tão baixo astral. Vamos ao que interessa.
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O bom corno já nasce feito. Mas por via das regras, existem cornos e cornos. Vejam o caso de Lorenço Calafate, quarenta anos, chapa ou carregador como queiram, cinco filhos, alguns poucos dentes, morador do confins do Esmeralda. Sai de casa às cinco e meia da manhã para chegar às seis e quarenta no Porto oficial, de bicicleta cargueira que aqui e acolá lhe decola um carreto de verduras, bicho-de-casco, botija de gás, cigarro e gasolina da Bolívia. Come bóia passada nos botecos da beira do rio e quando está tomando um mé na esquina, o dono do caminhão faz zoação: - Aí hein, aproveitando a folga para tomar cachaça!
Pois este homem, que da árvore da vida só colheu os frutos podres, chega em casa e encontra sua mulher, a única coisa que acredita ser sua na vida, dando para um pastor dessas igrejolas que a cada dia pipocam por aí.
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O que você faria no lugar de Lorenço? Este é um tipo de adultério. Nas melhores famílias, quando um homem encontra a mulher com um jovem da mesma estirpe, assume o chapéu de couro, paga-lhe uma mesada para que o distinto faça companhia à digna e evite que dê para outros e encerra-se por aqui.
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Entreouvida dia desses: - Afaste de minha mulher. E a resposta: - Mas como? Tua mulher é tudo o que tenho na vida.
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De um adepto da política de FHC: - Eu não sou corno. Apenas terceirizo a minha mulher.