Trabalho está sendo feito para evitar proliferação do mosquito |
Ainda de acordo com a Idaron, a mosca da carambola, apesar do nome, não
ataca somente a carambola, mas todos os tipos de frutas como tangerina,
laranja, jambo, manga, caju, acerola, goiaba, melão e outras mais. O
inseto, conhecido cientificamente por Bactrocera carambolae, é
originário do sul da Ásia e chegou até o Brasil através da Guiana
Francesa, na década de 1990, quando afetou plantações na cidade de
Oiapoque (AP).
Uma mosca da carambola adulta pode colocar até 1,5 mil ovos. Após os
ovos serem expostos, as larvas penetram no fruto e se alimentam dele,
destruindo tudo e se proliferando na plantação.
Monitoramento
Monitoramento
Em entrevista o engenheiro agrônomo e fiscal da
Idaron, Jorge Manussakis, disse que no Brasil só foi registrado um caso
da infestação no ano de 1999 no estado do Amapá, mas desde então há uma
grande preocupação em evitar que novos casos ocorram.
O monitoramento já é realizado em Guajará-Mirim há cinco anos, com objetivo de prevenir possíveis infestações, apesar de Rondônia não ser um estado exportador de frutas e nunca ter registrado nenhum caso da praga.
"Em 1999 o Ministério da Agricultura descobriu um foco no Oiapoque
(AP), mas logo fecharam a fronteira e conseguiram controlar a situação. O
problema é que a mosca da carambola faz um estrago muito grande na área
de fruticultura, a preocupação é que essa praga não adentre o
território brasileiro e se conserve só na fronteira, onde é mais fácil
controlar. Fazendo esse controle garantimos que posteriormente o Brasil
não seja penalizado de alguma forma com as suas exportações", diz o
servidor.
Engenheiro agrônomo Jorge Manussakis recolhe armadilha com insetos |
O engenheiro também explicou que o monitoramento é feito em três
formas, sendo alto, médio e baixo risco, no caso de Guajará-Mirim é
feito o de médio risco, assim como nos estados do Acre, Mato Grosso e
Tocantins.
O serviço é feito com o recolhimento de armadilhas colocadas para
colher amostras de insetos transmissores de doenças. Em cada visita
também é feita a armação e instalação de novas armadilhas, que serão
trocadas após duas semanas.
"Quando pegamos a antiga armadilha, vimos muitos insetos presos nela,
de todos os tipos. Fazemos uma avaliação e verificamos se há moscas de
fruta presas nela, como a mosca sul-americana e a do mediterrâneo que
também atacam frutas, porém a mosca da carambola é a pior de todas, a
mais devastadora", comentou.
Fonte: G1