A ELEIÇÃO NAS BARRAS DA JUSTIÇA

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Passada a eleição suplementar, a Justiça forense deverá ficar atulhada de processos ligados ao pleito eletivo. Informes dão conta de que ações cíveis e criminais superlotam o estoque nas oficinas de advocacia de ambos os candidatos. Neste qüiproquó, o festival de agressões e atentados a pessoas e instituições vem gastando páginas nos boletins de polícia. Aliados políticos e adeptos de ocasião sem consciência ética pagarão nas barras dos tribunais as conseqüências de seus atos e imposturas.
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Ainda segundo os informes, a avalanche de processos ameaçam também vitimar alguns sites de notícias. A alegação é de que estes sítios digitais estariam favoráveis a aludidos candidatos. Neste caso sou obrigado a acender o fósforo no paiol de pólvora. E minha adesão em relação à esta discussão é baseada em fatos notórios, na Lei de Imprensa e na proteção ao direito de expressão e opinião.
Peguemos por exemplo a postura editorial da revista Veja, publicação semanal à nível nacional. Num eventual embate eletivo entre o tucano Aécio Neves e qualquer outro petista, a exemplo de outras eleições, este magazine sempre irá trabalhar redações favoráveis ao tucanato, ao tempo em que tentará desmontar o palanque petista. Já a Carta Capital, publicação de marketing aberto ao PT, irá trabalhar matérias de forma contrária ao Sistema Victor Civita, buscando em sua lógica de mercado levantar o moral do emblema que financia seu folhetim.
Em suma, tanto revistas como sites de notícias são empresas. E como toda empresa, objetivam o lucro. As empresas têm que faturar, caso contrário irão à falência. Portanto, não são obrigadas a divulgar matérias daqueles os quais não desejam ou não tem simpatia. Pior ainda: revistas e sites não tem a obrigação de divulgar matérias de políticos que se recusam a meter a mão na carteira.
Mas que se ressalte. Afora o capitalismo selvagem que orbita todos os setores da imprensa, nas citadas matérias, revistas e sites não poderão jamais esconder a verdade dos fatos e nem temperar a mentira. É a chamada ética jornalística. Infelizmente existe uma porrada de jornalistas contrários à esta bússola atuantes no mercado.
Inclusive em Guajará-Mirim.
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As imagens do bate-boca entre o candidato Cícero Noronha e uma coitada senhora por conta do atraso na locação de um quiosque nas cercanias da área portuária causaram um impacto negativo na campanha do ilustre cidadão que hoje pleiteia a posição de prefeito da Cidade Pérola. Com ampla difusão nas redes sociais, as imagens causaram espanto por mostrarem uma faceta do candidato que pouca gente conhecia: a soberba e a arrogância. A maneira nada elegante em discutir a dívida pendente do aluguel da birosca, com certeza quebraram alguns pontos no seu ibope perante à opinião pública.
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Aviso à praça: afirmo de público que não tenho qualquer problema pessoal com o candidato a prefeito Cícero Noronha. Ao contrário. Temos ótimas relações sociais desde remotas épocas. Nossos contrastes se aplicam apenas à arena política e à filosofia de vida. Mas respeito o cidadão e acredito que ele também me respeita. Tanto é verdade que quase toda semana recebo sua visita em meu local de trabalho onde falamos sobre a situação da cidade e outros assuntos aleatórios, o que não me obriga a ficar passivo nem inerte quanto às críticas aos métodos dogmáticos de seus prospectos políticos.
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