Armas e dinheiro foram apreendidos com a quadrilha durante a investigação

Um mandado de prisão preventiva foi cumprido em Guajará-Mirim.
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O Mamoré
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Armas e dinheiro foram apreendidos com a quadrilha durante a investigação
A Operação Retomada, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (28), desarticulou uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas de Rondônia para o estado do Maranhão. De acordo com o delegado Leonardo Marinho, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes e do Grupo de Investigações Sensíveis, o casal apontado como líder da quadrilha movimentou em suas contas particulares, somente nos anos de 2015 e 2016, mais de R$ 5 milhões. Dos 13 mandados de prisão preventiva, nove já foram cumpridos, sendo um deles em Guajará-Mirim.

 Marino explica que a operação recebeu esse nome tendo em vista que esse mesmo grupo criminoso já havia sido investigado pela Polícia Civil durante a operação Conceição, mas alguns membros da quadrilha ficaram em liberdade, ou por não terem sido identificados ou por estarem foragidos. “Então a PF começou a retomar essa investigação e tentar desmantelar essa organização que enviava drogas daqui para o estado do Pará e Maranhão. Inclusive, recentemente, o principal líder dessa organização adquiriu uma fazenda com o dinheiro ilícito do tráfico de drogas, na divisa entre Pará e Maranhão, onde ele construiu uma pista de pouso e também adquiriu um avião, deixando de depender de outros grupos, pois ele mesmo fazia o transporte da droga do estado de Rondônia até essa fazenda e lá ocultava a droga em tonéis enterrados ao longo da fazenda”, esclarece o delegado.

Durante a investigação, afirma Marino, foi solicitada a quebra de sigilos bancários de todos os envolvidos, sendo constatadas movimentações financeiras fora do padrão, inclusive os principais líderes. “O casal apontado como chefe da organização tem movimentação financeira nos anos de 2015 e 2016, nas próprias contas, superiores a R$ 5 milhões. Sabemos que eles utilizavam contas de laranjas também. Então, a movimentação financeira é muito grande. Ao longo dessa investigação, conseguimos arrecadar em espécie mais de R$ 1,4 milhões, além de 170 quilos de cocaína em duas oportunidades”.

Em Porto Velho ficava o núcleo da quadrilha responsável pela parte da lavagem de capitais, emprestando as contas para que a movimentação financeira fosse realizada. Alguns já estavam presos. urante os cumprimento de busca e apreensão e conduções coercitivas, cinco pessoas foram conduzidos para a sede da Polícia Federal.

Já em Guajará-Mirim ficava o núcleo que remetia a droga, por via aérea, para o estado Pará e Maranhão. “Em Guajará, um foi preso preventivamente, o qual inclusive já havia sido detido no início das investigações transportando R$ 500 mil que seriam entregues aos fornecedores de drogas”, afirma o delegado.

Conforme a PF, essa seria a terceira operação no mesmo seguimento e com organizações criminosas que atuavam de forma semelhante e, quase na mesma rota. “A primeira foi a Nova Dimensão, depois Cardeal e agora Retomada. Todas têm um elo comum, a rota, que é de Guajará-Mirim até o Maranhão, em carregamentos de cerca de 300 quilos, e de lá seriam distribuídas em outras cidades. Nesta operação, inclusive, foram presos dois pilotos”. Uma das empresas de fachada localizada em Guajará-Mirim foi fechada durante ação da Receita Federal neste mês.

Ao todo foram expedidos 13 mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitivas e 17 buscas e apreensões nos Estados de Rondônia, Maranhão, Pará, Mato Grosso do Sul e Paraná. Durante as investigações foram apreendidos cerca de R$ 1,4 milhão, quatro fuzis calibre 556, pistolas e outros objetos ilícitos. A fazenda que o grupo criminoso adquiriu com o dinheiro ilícito, avião e os carros foram objetos de sequestro pela Justiça de Rondônia. Cerca de 170 quilos de cocaína também foram apreendidos.

Fonte: Rondoniagora
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