Durvalina Estilbem e Almirante Tamandaré: reordenar para fechar

Por Ariel Argobe
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O Mamoré
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Prédio da Escola Durvalina Estilbem de Oliveira
* Por Ariel Argobe
O Governo do Estado de Rondônia está realizando, desde 2015 quando o projeto foi implantado, o reordenamento da Rede Estadual de Ensino, o que está causando preocupação e descontentamento em muitos professores, pais, alunos e gestores da educação. A extinção de séries do Fundamental ou do Ensino Médio em determinadas escolas, ou até o fechamento por completo, deve atingir diversas unidades escolas em todo estado.
Conforme as etapas do reordenamento avançam e os primeiros números desta tragédia anunciada surgem, e são analisados à luz da realidade local e das necessidades prementes e singulares de cada município, o cenário do reordenamento parece ser, na verdade, de pós-guerra, cenário de uma terra arrasada.
Em Guajará-Mirim, as vítimas são os alunos das escolas EEEF Durvalina Estilbem de Oliveira, localizada no centro da cidade, e alunos do Almirante Tamandaré, no bairro Tamandaré que desde no ano passado tem enfrentado uma verdadeira maratona para efetuar matrícula, haja vista as estratégias da CRE (Coordenação de Educação de Guajará-Mirim), que concentrou em sua sede as matrículas dos alunos, não disponibilizado as escolas Durvalina e Almirante Tamandaré como opção aos estudantes, de forma a criar a dissimulada impressão de ociosidade e desuso das unidades.

Para especialistas no assunto, pais, professores, alunos e sindicalistas, a estratégia do reordenamento não parece ser o óbvio: reordenar para funcionar melhor. Ao contrário, mas como perversa medida para contenção de despesas e modelamento do estado mínimo. O propósito é firme e claro: fechar escolas.
Este é um momento muito crítico para o futuro de nossa juventude, de forma que a sociedade guajaramirense deve se voltar para o tema, mobilizar-se para uma ampla e frutífera discussão em favor da educação de nossas crianças, garantindo o funcionamento destas históricas unidades escolares, necessárias para jovens brasileiros e bolivianos que lá estudam.
Se você é Contra o Governo do Estado de Rondônia Fechar as EEEF Durvalina Estilbem de Oliveira e Almirante Tamandaré, em Guajará-Mirim, cidade fronteiriça onde a população jovem vive em permanente e real situação de vulnerabilidade social, se manifeste, divulgue esta barbárie, denuncie este crime nas redes sociais, nas igrejas e associações de bairros, ajudando, desta feita, nossos jovens a concluírem seus estudos.
 
* Ariel Argobe - Natural da cidade de Guajará-Mirim, Rondônia, Argobe é carnavalesco, artista plástico e licenciado em Educação Artística, com habilitação em Artes Visuais, formado pelas Faculdades Integradas Bennett, Rio de Janeiro. É membro do Grupo Cidade, Cultura e Inclusão (GCCI), coletivo que reune artistas, mestres da cultura e intelectuais que atuam no segmento cultural em defesa do patrimônio histórico, das linguagens artísticas e da cidadania das populações historicamente excluídas.
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