Conforme notícia amplamente divulgada nos meios de
comunicação em Rondônia, a Receita Federal e Polícia Federal fecharam cerca de 50 empresas em Guajará-Mirim durante a Operação
“Caça Fantasmas”, realizada com o objetivo de combater crimes de sonegação
fiscal tributária e lavagem de dinheiro. O número equivale a quase 10% das
empresas sediadas no município. Segundo a Receita Federal, estima-se que a
sonegação pode chegar a R$ 10 milhões ao ano.
O Sindicato dos Auditores Fiscais de Rondônia – SINDAFISCO e
o Sindicato dos Técnicos Tributários de Rondônia – SINTEC vêm a público cobrar
providências da administração do Estado de Rondônia, já que as grandes empresas
atacadistas se instalaram em Guajará-Mirim, somente de fachada, para usufruírem
de benefícios fiscais, concorrendo deslealmente com as pequenas e médias
empresas varejistas do Estado de Rondônia, já que as mesmas não recebem o mesmo
tratamento tributário perdendo, deste modo, competitividade e muitas vezes
sendo obrigadas a “fechar as portas”.
“Como que essas empresas estavam instaladas no município,
atuando sem sede, sem estrutura, empresas sediadas em terrenos baldios e o
Estado não tinha conhecimento do que estava acontecendo? Para estar
funcionando, elas receberam a autorização do Estado. O que é mais agravante,
essas empresas não trazem qualquer contra partida social à população de
Guajará-Mirim, tanto assim que a cidade continua à míngua. É preciso dar um
basta nesse faz de conta, que vem causando prejuízo de milhões de reais aos
cofres públicos estaduais e federais”, relatou Mauro Bianchin, presidente do
SINDAFISCO.
Com o objetivo de incentivar o progresso econômico e social
na região de Guajará-Mirim foi criada a Área de Livre Comércio (lei nº
8.210/91). “São necessárias algumas explicações do Estado. Será que existem
empresas fantasmas em outros municípios? Quais empresas foram fechadas? Como
foi feita essa autorização para o funcionamento em Guajará-Mirim? Essas e
outras informações terão que ser prestadas pela administração, não somente para
os sindicatos, mas para toda a população de Rondônia”, reforçou Germano Soares,
presidente do SINTEC.