O
diagnóstico produzido pelo Cimi mostrou diversos casos de suicídio,
assassinato, mortalidade na infância e de invasões e exploração ilegal
de bens comuns, principalmente madeira.
Somente
em Rondônia, houve catorze ocorrências nos últimos dez anos, em vários
municípios que abrigam população indígena, como é o caso de Alta
Floresta, Guajará-Mirim, Porto Velho e Espigão D´Oeste.
Segundo
o estudo, foram praticados os mais diversos tipos de violência contra
os povos indígenas, tais como conflitos relativos a direitos
territoriais, ameaça de morte e desassistência nas áreas de saúde e
educação, dentre outros.
O
arcebispo de Porto Velho, Dom Leonardo Eteiner participou da
solenidade, juntamente com outras lideranças que defendem a causa
indígena e as violações contra essas populações, e principalmente o
assassinato entre os anos de 1985 e 2015.
Casos
Um
dos casos de assassinato relatados pelo relatório foi do cacique
Deusmar Ferreira Saquirabar, de Alta Floresta, em junho de 2006,
ocorrido em Pimenta Bueno.
O
cacique chegou em uma caminhonete à rodoviária de Pimenta Bueno,
acompanhado de uma índia. Em seguida, chegou um homem e pediu cigarro.
Eles conversaram por alguns instantes e, quando o índio saiu do local em
direção ao carro, recebeu os três tiros no tórax, tendo morte
instantânea. C
Contra
o cacique pesava a acusação de ter mandado matar dois madeireiros em
Alta Floresta. No início da semana em que foi assassinado, o cacique que
também era conhecido pelo nome de Damião, avisou para todos os
madeireiros que fossem embora das aldeias comandadas por ele ou seriam
denunciados à Polícia Federal.
Fonte: Rondoniaovivo