Coluna Almanaque - SEIS MESES DE CONVERSA

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Com uma administração pública sem qualquer objetivo a perseguir, Guajará-Mirim vai entrando numa espécie de falência política e social. Há seis meses a cidade está parada. Sem uma bússola a lhe apontar uma diretriz, a cidade parece um barco à deriva. O que se comenta nas rodas de conversa é que a ordem agora é arrochar a população que está em débito com a prefeitura. Ao contrário do prefeito biônico Sérgio Bouez, que conseguiu em apenas três meses transformar a cidade num canteiro de obras com trabalhos efetuados em tempo recorde, agora qualquer tapa-buraco ou troca de lâmpadas se transformam em notícias de alarde nos programas de rádio da imprensa amestrada que está sendo paga para encobrir a verdade dos fatos. A continuar assim, a próxima etapa vai ser a recessão da economia que vai promover mais o desemprego, a fome, a violência e a miséria na população. O prefeito não incentiva a economia e o marasmo domina. Mas para a imprensa oficial tudo está tranqüilo na cidade. Tão tranqüilo quanto o cemitério Santa Cruz onde os mortos não reclamam e nem protestam contra o descaso do Poder Executivo com a cidade.
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Informes dão conta de que o prefeito de Guajará-Mirim possui o pior secretariado de todos os tempos. A equipe é de péssima qualidade não se salvando quase ninguém. Quem poderia ser salvo nesta equipe? A primeira vista, ninguém, a não ser em alguns setores do segundo ou terceiro escalão. Temos aí neste estafe gente de fora de Guajará-Mirim, que não conhecem a cidade e muito menos o cotidiano da população. Se não conhecem a cidade, como podem ser bons gestores? Se o prefeito continuar a insistir na manutenção desta equipe que até agora não disse a que veio, seu índice de rejeição, que já está num nível abaixo do razoável, poderá chegar ao fundo do poço.
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Nas entrevistas que tem cedido para a imprensa chapa-branca de plantão, o prefeito tem usado e abusado da verborréia. O que impressiona no discurso é como consegue fazer tantos bla-bla-blás ao mesmo tempo diferentes e iguais usando sempre as mesmas palavras que diferem e posições nas frases que enganam o mais atento ouvinte à matraca verbal.
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Aliás, coitado do público ouvinte que é obrigado a escutar um discurso fascitóide de domínio. Idéias pobríssimas ao extremo repletas de lugares-comuns com ares modernos. Diante do que não consegue entender, este público espera por uma explicação por parte daqueles que entrevistam o modelo de semi-deus. Mas acabam ficando na eterna espera. Isto porque nem mesmos os ilustres encomiastas que apresentam estes slides vocálicos em seus programas conseguem entender ou extrair qualquer coisa de substancial na empulhação de palavras ao vento que são socadas tímpanos adentro de uma população sofrida e alquebrada.
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É na posição de mando que o ser humano revela sua miséria ou sua grandeza. Pegou muito mal a matéria publicada em alguns sites da cidade que retratou de forma cruenta o caráter insolente do prefeito ao adentrar o Hospital Regional e apontar na cara de um servidor. Não é a primeira vez que o prefeito aponta na cara de pessoas que criticam seu desgoverno. Sem preparo, traquejo e imaturo para o cargo que exerce, o prefeito aos poucos vai perdendo o fio-condutor da situação.
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