Coluna Almanaque - SEIS MESES DE DECEPÇÃO E VERGONHA

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Alguns amigos com quem converso todos os dias estão pedindo para que eu escreva um artigo fazendo a análise dos seis meses do Prefeito Cícero Alves a frente do Poder Executivo de Guajará-Mirim. Estou pedindo um pouquinho de paciência. Afinal, como é que vou escrever sobre o nada? Sim, até porque nada ou coisa alguma aconteceu nestes seis meses de administração.
Na verdade foram seis meses de discursos vazios, de futricas, de arrogância, de insolência, de abandono de princípios, de perda de parâmetros, de inversão de valores, do errado pelo correto e vice-versa. Foram seis meses de um mandato cercado de atropelos e desmandos.
O prefeito não conseguiu realizar o mínimo que é a limpeza da cidade. As ruas estão repletas de buracos e as calçadas tomadas pelo matagal. Não conseguiu melhorar o sistema de educação. As escolas estão sem reparos ou manutenção. Os alunos reclamam e os professores também.
Por outro lado o prefeito conseguiu piorar o sistema de saúde deixando faltar até álcool e esparadrapo no Hospital Regional e procurou humilhar empregados chamando-lhes a atenção em público conforme relatos e até boletins de ocorrência na polícia. Ora! Empregados do Poder Público não podem trabalhar em constante estado de asfixia por conta de despeita pessoal ou picuinha política. Pior é que remorso é uma coisa totalmente em descarte por parte do alcaide. Desculpas pelas suas ratadas também. Jamais iremos escutar deste cidadão, por exemplo, alguma coisa do tipo: “Dei uma pisada na bola”, “Foi mal, mas daqui pra frente vou procurar melhorar”.
O que mais fez o prefeito nestes seis meses a frente do Palácio Pérola? Anunciou uma “contenção de despesas” sob a alegação de que a prefeitura estaria quebrada em virtude de contas de gerências passadas. Ou seja, a saída pela tangente foi condenar as gestões passadas pela inadequação na utilização dos gastos públicos. Daí como o Poder Executivo não fabrica dinheiro e tem uma série de acertos a serem cumpridos, o negócio agora é apelar para as altas esferas políticas que possuem potencial de geração de receitas e meios de garantir as promessas de palanque.
Aqui aquela velha máxima de que prevenir é melhor do que remediar continua valendo. Se a equipe de transição do prefeito fosse formada por agentes técnicos capazes, seria capaz de detectar a doença logo no início para não estar provando nos dias de hoje de um amargo remédio. Ocorre que o prefeito resolveu nomear pessoas que não conhecem a geografia da cidade, não conhecem os problemas de Guajará-Mirim. Será que na Cidade Pérola não existem pessoas capazes de assumir secretarias do alto escalão que hoje estão sob domínio de uma cambada de “importados”?
E as promessas de campanha? Do discurso falacioso de um vendedor de miragens que dizia conhecer todos os problemas da cidade e ter soluções imediatas para todos eles, só restaram a vergonha e a decepção. Guajará-Mirim está indo para o buraco. A cidade não oferece empregos, oportunidades e geração de renda nem para os jovens e nem para os adultos. Guajará-Mirim continua falida, sofrida, sem empregos, sem saúde pública, sem boa educação e sem os serviços mínimos essenciais para a população.
Hasta cuando?
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