Coluna Almanaque - TEMPOS DE RECESSÃO

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Estive em Porto Velho semana passada, ocasião em que pude atestar a dimensão da crise que assola todo o Brasil. Não havia quase ninguém no Shopping Center e muitas lojas com as portas fechadas, o que significa centenas de empregados fora do mercado de trabalho. De assustar este triste retrato da nossa realidade. Confesso que fiquei abismado ao me deparar com o shopping Center sem quase ninguém.
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É preciso acreditar e trabalhar para que esta crise demore o menor tempo possível, mas que também acabe servindo de lição para a juventude entender que riqueza não se acumula com fundos de comodities e só existe como conseqüência do suor do trabalho e nada mais.
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Aumentou o custo de vida, aumentou a violência, aumentou o desemprego, aumentou a prostituição, aumentou o consumo de drogas, aumentou a corrupção, aumentou a miséria e a falta de caráter. A democracia que temos não é nem de longe a que queremos. Então o que podemos esperar de nossas instituições, de nosso projeto de nação? Onde estamos, o que fizemos? Se antes o regime militar era o único responsável pelas nossas mazelas, a quem podemos atribuir o desastre político que ocorre hoje no Brasil?
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O PT, que era o partido da ideologia política, da gana por mudanças radicais na economia e do discurso de dar cabo nas benesses da oligarquia corrupta, como qualquer partido de direita, também corrompeu os valores que davam base para as mudanças que propunha. Em quatro mandatos o PT conseguiu ampliar de tal maneira a ignorância popular que os cidadãos comuns hoje não estão mais sabendo quem são, de onde vieram, aonde estão e para onde vão.
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Quatro mandatos de populismo, de demagogia, de bolsas esmolas, de incentivo a vagabundagem, de apoio as arruaças dos sem-terras, de mensalão, do governo mais corrupto da história do Brasil, de fazer Fernando Collor parecer um reles pivete batedor de carteiras.
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O problema desta doença política – corrupção política versus cidadãos – é ainda um gargalo nocivo e maligno que escancara a pouca vergonha dos líderes que a população ingênua e inocente escolhe para governar o destino de suas vidas, de suas famílias e de suas cidades. Ao abordar a falta de consciência do povaréu ao escolher seus políticos, transfere-se toda a culpa pela inoperância na coisa pública para os mais carentes – está se falando aqui de carência alimentar, carência cultural, carência educacional.
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O cidadão comum trabalha porque tem que sobreviver, não porque se trata de uma muralha de princípios e caráter. Emprego deveria ser um direito de qualquer cidadão, mas não. Quem tem um emprego hoje em dia pode celebrar e estourar champanhe e fogos de artifícios porque acertou na loteria.
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Eleição no Brasil é igual à masturbação. Prazer solitário. Pois o cidadão está sabendo que estará sempre sozinho mesmo que seu voto eleja o candidato de sua escolha. Todos os eleitos irão abandonar este cidadão, pois irão se entregar a corrupção, às falcatruas e às benesses dos cargos. E o cidadão? Ficará com o pênis na mão. Onanismo político.
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