A liberdade de expressão em sociedades abertas é essencial para o exercício da crítica contextual e para a avaliação de governos e poderes de domínio. A preciosa liberdade de expressão não existe na esteira do abuso da permissão de propagar opiniões a torto e á direito. Ela precisa de uma base material para sustentar aquilo que se divulga como fatos e ocorrências de maneira honesta e inteirada para a reflexão e análise do público alvo, que é quem vai ajuizar se aquilo que se propagou é condigno de fé e confiança pública.
Como em todas as profissões, na Imprensa também existem pessoas de todos os gradientes éticos. Em nossa incessante batalha na corrida pela notícia, aqui e acolá a gente se depara com atos falhos de colegas que possuem uma aptidão para prejulgar assuntos sem se inteirar da clareza dos fatos e que, sabe-se lá por quais motivos ou interesses, começam a noticiar e alardear inverdades sem produzir um extrato fiel do que ocorreu e que só contribui para incendiar ainda mais a fogueira dos factóides.
Para a Imprensa existir, ela precisa de dinheiro, sejamos explícitos. O jornal, para se apresentar para o seu público precisa de dinheiro. A gente não vai sair por aí gritando as notícias pelas avenidas. Embora possa parecer, não somos malucos a tanto. E o dinheiro vem das empresas que anunciam seus produtos e promoções no espaço de publicidade. E também vem das verbas para publicidade que os órgãos públicos possuem e são obrigados a publicar. Por este mister é que são bem vindos os anúncios de quem acredita na proposta das empresas de jornalismo, sejam do setor público ou privado. Mas tirante estas convenções, também temos notado que existem alguns veículos de mídia atuantes na Cidade Pérola que só estão focados em acumular comodities, auferir lucros e vantagens pessoais, ou seja, estão sempre à procura de capitais com os quais possam negociar a verdade através de distorções difíceis de se verificar “In natura”.
Nos últimos tempos temos visto e revisto que a burrice oficial da politicagem municipal tem sido proporcional ao talento intelectual deixado ao desperdício das melhores cabeças pensantes de nossa cidade. Por outro lado também temos notado que a ignorância de notórios “um-sete-uns” tem sido vitaminada com altas cifras cambiais, o que tem nos levado a acreditar que a população de Guajará-Mirim recebe às vezes influência noticiosa por quem prefere produzir esgoto cultural em forma de lixo, do que informação. Isto quer dizer que, já que não servimos mais para pôrra nenhuma, ao menos servimos para denunciar este descalabro.
As pessoas com quem converso nas avenidas gostam de dar suas opiniões, sugerem e até fazem cobranças de posturas. Antevejo estas cobranças e sugestões como uma coisa favorável, aonde o público que nos acompanha estão sabendo que fazemos uma imprensa confiável e aonde existe esta coisa de paixão, de identificação com o negócio. O que a gente tem buscado oferecer ao público é somente uma avaliação dos fatos mais relevantes que preenchem nosso dia-a-dia.
Enfim, o campo de discussão é enorme, mas tenho absoluta certeza de que todos queremos uma imprensa bem melhor do que a que temos hoje em dia. Vocês não acham?
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