O
pesquisador Marcelo Crossa, responsável pela implantação do manejo, fez
a apresentação dos resultados da despesca do Subprograma de Apoio à
Atividade Pesqueira (UHE-Jirau). Os resultados de 2017, em comparação
aos anos de 2015 e 2016, apresentaram um aumento bastante significativo,
com percentual de aumento de 78%, o que comprova que os pescadores
estão se adaptado muito bem as técnicas de captura do pirarucu (Arapaima
gigas).
Esta
informação causou vários questionamentos com relação à captura da
espécie e outras duvidas, esclarecidas por Marli Nogueira, coordenadora
do GT da Pesca. Foi solicitado por Gerônima Costa, presidente da colônia
de pescadores Z-2, a fiscalização e placas de identificação da área
onde vem ocorrendo o manejo, para que não venha ocorrer pesca da espécie
nos referidos lagos.
Desta
forma, Marli Nogueira informou que a Secretaria de Estado do Meio
Ambiente (Sedam) já esta providenciando placas que serão colocadas nas
regiões hídricas proibidas no Estado e solicitou à Seagri, apoio no
sentido de obtenção do selo para comercialização agregado ao pescado.
Para
tanto, a obtenção do selo depende do plano de manejo aprovado pelos
órgãos ambientais, sob a responsabilidade da Sedam e Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), que acompanham as despesca desde
2015, emitindo relatórios conjuntos com as seguinte condicionantes:
a)Aquisição
de embarcaçõesmais leves e adequadas ao desenvolvimento da atividade,
principalmente no que se refere à diminuição do esforço físico dos
pescadores, pois esta atividade é extremamente exaustiva aos pescadores;
b)Necessidade
de implantação de uma estrutura(flutuante, base em terra firme) que
proporcione as condições adequadas para a retirada dos peixes das
embarcações, do processamento, secagem e acondicionamento das mantas e
do pescado fresco, a fim de garantir a segurança alimentar e a qualidade
sanitária do produto do local do manejo até o entreposto de
comercialização;
c)Necessidade
de implantação de entreposto de comercialização na Colônia de
Pescadores Z-2 de Guajará Mirim, objetivando a comercialização dentro
dos padrões exigidos pela legislação federal, para a venda ao consumidor
final.
Cabe
ressaltar ainda que para a campanha de 2018, a autorização de despesca
só será emitida mediante ao cumprimento das condicionantes expostas no
relatório de 2015-2016.