Coluna Almanaque - A VERDADE A VER NAVIOS

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Passados já oito meses sob a máscara da administração Cícero Alves, administração esta que teve o endosso de empresas ávidas por lucros fáceis, hoje a maioria do povo eleitor desta gestão já deve ter notado que até agora não houve quaisquer mudanças reais ou efetivas na conjuntura municipal. Tudo continua como antes. O sonho virou pesadelo.
Hoje, medindo muito mal a nossa situação, a extensão do nosso fim de poço, a terrível penúria em que a gente se encontra, este estado de abandono e marasmo que se abate sobre todos nós, imagina-se que tudo isso é um mero temporal e que um dia, mais dia menos dia, as coisas irão se encaixar dentro dos conformes e que os nossos mandantes gerais da cidade irão melhorá-la a fim de que o nosso povo prospere e seja feliz. Puro engano. Basta que qualquer um dê uma olhada de lampejo nas roupas surradas que o nosso povo veste, no semblante das pessoas, na fome sentada na mesa da população sem emprego em todos os bairros da cidade, na cara dos bêbados e seus porres cada vez mais amargos, nas lojas vazias, no comércio parado em plena época natalina, na própria cidade morta, nas queixas dos cidadãos de bem, nas reivindicações das entidades e nos discursos dos políticos sem caráter, para enxergar que é praxe comum dos que regem o Poder não dar nada sem receber algo em troca.
A nossa educação está falida, a saúde está um caos, as nossas ruas estão às escuras e sem sinalização, a nossa malha viária, devido aos inúmeros buracos, faz com que qualquer percurso feito em carro, moto ou bicicleta seja uma verdadeira aventura. E agora com a chegada do inverno serão necessários pelo menos seis meses para que se estabeleça a troca regular de ordens e serviços, sem a qual a secretaria de obras só poderá atuar de maneira paliativa. Enquanto isso a paralisação dos transportes nas estradas vicinais desorganiza o escoamento de bens de consumos e matérias primas, sejam de ordem pecuária como laticínios e outros víveres, assim como de produtos como farinha e carvão vegetal.
O problema é que ainda paira no ar cultural da população guajaramirense aquele sossego de espírito, aquela psicologia do silêncio diante de tantos descalabros. É preciso falar em alto e bom som, encontrar as pessoas e atenta-las para o sufoco em que estamos metidos por causa dos desmandos da atual administração, se extasiar, se abrir com as pessoas diante da desgraça que se aproxima, fazê-las sair desta hipnose de ilusões às custas de falatórios de palanque que resultou neste equívoco. É preciso reagir ante este estado de coisas.
Se falo em reagir, estou falando no potencial do nosso município, no valor de sua gente, no patrimônio moral de Guajará-Mirim. Essa atual administração foi um acidente de percurso. É preciso ter consciência disto. Guajará-Mirim perdeu o bonde da história e a retomada do progresso não se dará se antes não se expurgar este arremedo de gestão pública do Poder Municipal. Empregos podem ser gerados se existir planos e projetos em forma de política social e industrial que possam impulsionar de forma comercial a economia local.
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