*Por Aluizio da Silva
No início dessas considerações, deixo claro que não sou
advogado de defesa, nem assessor, membro de suas igreja, seu eleitor e
nem amigo. Conheço-o de apenas tempos recentes e não temos muitos
contatos profissionais ou pessoais. Mas quero defender o cidadão
comprometido com seus deveres e com o bem estar coletivo, o que é
facilmente comprovado por sua ação evangelizadora atuando como pastor e
condutor de ovelhas na cidade.
Como vereador, a sua condição de Líder do Prefeito na
Câmara, o leva, naturalmente, a defender as proposições apresentadas
pelo Chefe do Poder Executivo Municipal à Casa de Leis. Naturalmente,
desde que não sejam proposições esdrúxulas e nocivas ao povo. E aí
surgiu a questão do Projeto de Lei que previa o aumento dos valores do
IPTU. Matéria complexa, difícil de ser digerida por qualquer cidadão de
bem e cumpridor de seus deveres constitucionais. Politicamente, votar a
favor do aumento de qualquer aumento de imposto ou taxa desgasta o
político. Daí, normalmente é mais fácil e cômodo votar contra. Mantém a
simpatia junto ao povo, ainda que esteja, como diz o ditado: “jogando
para a plateia”.
Analisando tecnicamente a situação, o município precisa
arrecadar mais e mais para cumprir suas funções constitucionais. São
muitas as despesas, compromissos, para uma arrecadação que pode ser
considerada pífia, o que leva cada dia mais o município a depender de
ajuda governamental do Estado e da União e, em épocas de crise como a
atual, os repasses são escassos e diminuem drasticamente. Por outro
lado, segundo dados da Fazenda Municipal, só 40% dos proprietários de
imóveis pagam regularmente o IPTU. Ou seja, 60%, portanto, mais da
metade não paga o tributo, que vem a ser a mais importante fonte de
arrecadação de recursos municipais.
E analisando a situação, e pensando na necessidade de
incrementar a arrecadação do município, foi que o vereador hoje
crucifixado por muitos optou pela votação favorável à a aprovação da
matéria. Ademais, como Líder do Prefeito ele deveria ser naturalmente o
primeiro a defender a aprovação da matéria.
Penso que o vereador não está de todo errado. Ele
cumpriu com sua obrigação, ainda que não tenha sido, naturalmente, do
agrado do povo.
E nunca é demais lembrar que Jesus, quando de Sua vinda à
terra a mando do Pai para Salvar a Humanidade, foi perseguido e acabou
sacrificado na Cruz para que as Escrituras fossem cumpridas e a
Humanidade salva.
É a minha modesta e sincera opinião, s.m.j.
* Aluizio da Silva – Administrador, Jornalista e
Radialista. Membro-Fundador da Academia Guajaramirense de Letras (AGL).
Católico e frequentador da Igreja do Divino Espírito Santo.