Por Fábio Marques
A gestão pública do atual burgo-mestre encerrou o ano com um saldo
político quase no vermelho e um saldo social estagnante. No prontuário
da causa-mortis desta administração estão constando o descaso com a
saúde, a escassez de remédios e materiais no Hospital Regional, a falta
de atenção aos pacientes em estado grave que acabam morrendo ou
obrigados a serem levados para Porto Velho por conta de medidas
socorristas mas não eficazes, as escolas envoltas pelo matagal, as
diárias gastas tanto pelo prefeito como por gente de seu estafe para não
trazerem quase nada de retorno, as praças ao completo desleixo, as
calçadas sem acesso viável para pedestres, as estradas vicinais ao
abandono e as avenidas sem as mínimas condições de tráfego e sem
sinalização.
##########
Aqui um tópico a parte: Todos os meses o
Detran repassa para a prefeitura uma porcentagem do IPVA que se
arrecada nesta cidade, que não tem valor fixo, varia conforme o montante
de tributos obtidos. Estes recursos são arrecadados para que se faça a
sinalização das vias públicas da cidade, mas o que se vê são
quebra-molas e faixas para pedestres sem as devidas pinturas e as
avenidas sem placas indicativas.
##########
Em entrevista à
Rádio Rondônia semana passada, o prefeito Cícero Alves, em manjado
discurso de nuances virtuais, desenhou Guajará-Mirim como uma cidade que
só existe na sua cabeça. Pelo mosaico exposto no programa de notícias,
os trabalhos estão andando bem na prefeitura e muitos avanços houveram
na cidade sob sua gerência. Para o ouvinte atônito, pareceu até que a
cidade tivesse tantas e tantas obras em execução, todas as avenidas
tivessem iluminadas, sinalizadas, asfaltadas, encascalhadas e o cacete a
quatro, o que não é verdade. A verdade é o que todos nós vemos e
sofremos na pele todos os dias a cada sensação de abandono e marasmo
pela qual passa Guajará-Mirim.
##########
Em Guajará-Mirim hoje
são escassas as fontes de trabalho. O que a gente vê e percebe a cada
dia que passa é aumentar o comércio informal tipo churrasquinhos de
beira de calçada, o tráfico de drogas, o descaminho, os assaltos a mão
armada, a prostituição e as igrejolas que exploram a fé do povo ingênuo
cobrando dízimos sobre salários de fome. É preciso que Guajará-Mirim
volte a funcionar. Um povo renasce por si mesmo quando sente mudanças na
sua vida cotidiana, seja de forma política, social, econômica ou
espiritual. E disso depende o acerto político, o bem-estar social futuro
e os justos reclames.
##########
Por que o prefeito em questão,
em vez de estar se guiando pelos palpites de amigos donos de empresas e
órgãos ligados ao comércio que o apoiaram, não procura se espelhar no
modelo de gestão pública do prefeito biônico Sérgio Bouez, que mal pegou
no batente, já começou a fazer coisas que a população julgava serem
impossíveis para um início de mandato, mesmo que mandato-tampão? E
ninguém entrou com palpite nem dinheiro. Construiu e reformou com o
dinheiro da prefeitura e com a ajuda de amigos voluntários que apostaram
no projeto de uma cidade melhor. Conseguiu tirar Guajará-Mirim de uma
situação caótica de sufoco e transformá-la em orgulho para a população
em apenas 90 dias. Fez mudanças na cidade. Isto sim, chama-se
administrar.
Apoio Cultural:
Coluna Almanaque - CHECK-UP GERAL DA SITUAÇÃO
Por Fábio Marques
Compartilhe no WhatsApp
Por -
janeiro 04, 2018
0