Coluna Almanaque - CHECK-UP GERAL DA SITUAÇÃO

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
A gestão pública do atual burgo-mestre encerrou o ano com um saldo político quase no vermelho e um saldo social estagnante. No prontuário da causa-mortis desta administração estão constando o descaso com a saúde, a escassez de remédios e materiais no Hospital Regional, a falta de atenção aos pacientes em estado grave que acabam morrendo ou obrigados a serem levados para Porto Velho por conta de medidas socorristas mas não eficazes, as escolas envoltas pelo matagal, as diárias gastas tanto pelo prefeito como por gente de seu estafe para não trazerem quase nada de retorno, as praças ao completo desleixo, as calçadas sem acesso viável para pedestres, as estradas vicinais ao abandono e as avenidas sem as mínimas condições de tráfego e sem sinalização.
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Aqui um tópico a parte: Todos os meses o Detran repassa para a prefeitura uma porcentagem do IPVA que se arrecada nesta cidade, que não tem valor fixo, varia conforme o montante de tributos obtidos. Estes recursos são arrecadados para que se faça a sinalização das vias públicas da cidade, mas o que se vê são quebra-molas e faixas para pedestres sem as devidas pinturas e as avenidas sem placas indicativas.
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Em entrevista à Rádio Rondônia semana passada, o prefeito Cícero Alves, em manjado discurso de nuances virtuais, desenhou Guajará-Mirim como uma cidade que só existe na sua cabeça. Pelo mosaico exposto no programa de notícias, os trabalhos estão andando bem na prefeitura e muitos avanços houveram na cidade sob sua gerência. Para o ouvinte atônito, pareceu até que a cidade tivesse tantas e tantas obras em execução, todas as avenidas tivessem iluminadas, sinalizadas, asfaltadas, encascalhadas e o cacete a quatro, o que não é verdade. A verdade é o que todos nós vemos e sofremos na pele todos os dias a cada sensação de abandono e marasmo pela qual passa Guajará-Mirim.
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Em Guajará-Mirim hoje são escassas as fontes de trabalho. O que a gente vê e percebe a cada dia que passa é aumentar o comércio informal tipo churrasquinhos de beira de calçada, o tráfico de drogas, o descaminho, os assaltos a mão armada, a prostituição e as igrejolas que exploram a fé do povo ingênuo cobrando dízimos sobre salários de fome. É preciso que Guajará-Mirim volte a funcionar. Um povo renasce por si mesmo quando sente mudanças na sua vida cotidiana, seja de forma política, social, econômica ou espiritual. E disso depende o acerto político, o bem-estar social futuro e os justos reclames.
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Por que o prefeito em questão, em vez de estar se guiando pelos palpites de amigos donos de empresas e órgãos ligados ao comércio que o apoiaram, não procura se espelhar no modelo de gestão pública do prefeito biônico Sérgio Bouez, que mal pegou no batente, já começou a fazer coisas que a população julgava serem impossíveis para um início de mandato, mesmo que mandato-tampão? E ninguém entrou com palpite nem dinheiro. Construiu e reformou com o dinheiro da prefeitura e com a ajuda de amigos voluntários que apostaram no projeto de uma cidade melhor. Conseguiu tirar Guajará-Mirim de uma situação caótica de sufoco e transformá-la em orgulho para a população em apenas 90 dias. Fez mudanças na cidade. Isto sim, chama-se administrar.
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