Por Fábio Marques
Guajará-Mirim está em vias de ficar isolada do restante do Brasil se as
constantes chuvas que castigam a cidade todos os dias não cessarem.
Mais: se não forem tomadas medidas cabíveis em relação à esta situação,
tais como melhorias nas rotas de escape afora da Rodovia Isaac Bennesby,
podemos ficar ilhados, passando por aperreios e até vendo nossas
crianças morrerem à míngua por falta de alimentos. A Rodovia já está
sentindo sinais evidentes do impacto das chuvas torrenciais. Bueiros
começam a romper-se abrindo imensas crateras no meio da estrada. As
águas transbordam. O perigo é constante. Segundo informes, a qualquer
momento alguns pontos críticos da BR 425 poderão desabar ou inundar em
efeito tsunami. Se isto vier a acontecer, vai ser um Deus-nos-acuda. É
bom se precaver.
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Tal qual capachos raivosos, alguns
setores da Imprensa foram obrigados a noticiar um informe que acabou
causando espécie semana passada. Tratava-se de uma denúncia que recebeu o
Ministério Público, cujo conteúdo imputou ao deputado estadual Neidson
Soares, ato de improbidade por empregar “fantasmas” em seu estafe de
pessoal. O problema está em que, em vez de se chocarem com o teor da
denúncia, estes setores tomaram posição de ataque contra quem denunciou.
Ora! O papel da Imprensa é informar, divulgar e denunciar abusos onde
houverem e não abafar notícias de atos ilegais, mesmo que envolvam
pessoas ligadas às agências que tem a obrigação de relatar os informes.
Agora rebater uma denúncia acatada pelo Ministério Público com
registros e papéis dizendo que são ataques covardes, além de afrontar a
inteligência do público alvo da notícia, também é compactuar com
supostas coisas erradas.
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Buscando se explicar, no dia
seguinte ao escarcéu causado pela denúncia, a assessoria do parlamentar
enviou nota à imprensa dizendo que as pessoas citadas na matéria não
mais pertenciam ao plantel do estafe do deputado, cuja atuação política
tem deixado muito a desejar. Não obstante, o caso encontra-se nas
amarras do MP que após análise em detalhes, irá se pronunciar a respeito
do qüiproquó. Ou seja, irá decidir se apresenta a denúncia à Justiça,
ou se entende que houve lapsos e enganos que incidiu em atos falhos com
prejuízos a terceiros.
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Guajará-Mirim é uma cidade com
inúmeros desafios a superar. Cidade de um povo honesto, de bom caráter,
que tem ganas de empreender e promover o progresso através de sua
vocação natural que é o comércio. No entanto, há mais de vinte anos que
esta população vem sofrendo por conta de políticas malfeitas e políticos
que não procuram atingir um nível de atuação que impactem em melhorias
na qualidade de vida dos cidadãos. Guajará-Mirim precisa urgente de
pessoas com vontade política que queiram de verdade representar os
anseios de mudanças que todos os cidadãos esperam. Guajará-Mirim precisa
de atores sociais que desejem de fato mobilizar recursos em prol do
progresso. Guajará-Mirim precisa desta transição. De tanto desgosto, os
cidadãos estão querendo mudanças neste cenário que os sufocam há mais de
vinte anos. Não agüentam mais esperar pelas tão bem vindas melhorias e
aguardam pelo Messias salvador para os problemas que os afligem. Por
ironia, esta tábua de salvação se apresentou na última eleição sob o
registro de Sérgio Bouez. O povo ingênuo quis o contrário. Portanto,
hoje não pode reclamar do estrago. Quem sabe na próxima aprenda.
Coluna Almanaque - SOB O DOMÍNIO DAS ÁGUAS
Por Fábio Marques
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janeiro 22, 2018
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