Sinais de recuperação
Nos
últimos anos, vivenciamos um período muito difícil, marcado por uma
profunda crise econômica que, exposta pelos números pífios do Produto
Interno Bruto (PIB) de 2015 e 2016, nos levou à maior recessão desde
1947. Porém, nós começamos a sentir uma pequena recuperação, traduzida
em um crescimento tímido durante 2017 que, mesmo sendo muito lenta,
conseguiu levar algum ânimo ao mercado, gerando boas expectativas para
2018. “Apesar de ser um ano de eleições, as projeções apontam um modesto
crescimento do PIB em 2018, o que já é um alento”, afirma o professor
Antônio Evaristo Teixeira Lanzana, doutor em Economia pela Universidade
de São Paulo (USP) e ex-consultor do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). Segundo ele, são vários os fatores responsáveis
por esse aquecimento. “Um deles foi o ambiente favorável na economia
mundial, que beneficiou as exportações brasileiras. Outro fator que
merece destaque foram as excelentes safras as
excelentes safras agrícolas em 2017, impulsionando o agronegócio
brasileiro em 15%”, analisa o economista, dizendo que esses elementos
representaram um efeito multiplicador importante. “Muitas vezes, temos
um crescimento pontual vindo das exportações e do agronegócio que,
depois, se espalham de maneira positiva por toda a economia”, esclarece o
professor.
Agora,
baseado no histórico da economia nacional, Lanzana acredita que o
Brasil poderá crescer entre 2,5% e 3% anuais pelos próximos 5 anos, com
alguma variação para mais ou para menos. “É o que dá para crescer de
forma responsável, considerando o quadro atual em que o governo não pode
expandir os gastos públicos, tampouco deixar de arrecadar a tributação,
já que a situação fiscal do país está caótica”, pondera ele,
argumentando que o Brasil conseguiria até crescer mais do que isso, mas
seria de maneira irresponsável, o que traria sérios problemas no futuro.
“Um dos gargalos mais sensíveis é a precária infraestrutura, que afeta
diretamente a competitividade do produto brasileiro. Agora, se houvesse
uma avalanche de programas de concessões/privatizações, com pesados
investimentos internacionais na área de infraestrutura, esse processo de
crescimento certamente poderia ser acelerado”, esclarece o
especialista.
Por
fim, o acadêmico entende que a atual política econômica está bem
encaminhada, mas que, ainda, está longe de ser completa. “Infelizmente,
ainda não podemos dizer que a crise já foi superada. O que eu espero, é
que as reforma estruturais propostas evoluam e consigam entrar em vigor
ainda em 2018, porque são relevantes e imprescindíveis para acelerar o
ritmo de crescimento do país”, conclui Lanzana.
Alguns cuidados na captação de recursos
Embora
uma empresa possa ser extremamente lucrativa, eventualmente ela pode
precisar de capital para investir e crescer ainda mais, ou, até mesmo,
para melhorar o fluxo de caixa. E, é nessa hora que é preciso pensar em
algo muito relevante: a forma como ela se apresenta para aqueles que
podem levar esses recursos financeiros ao negócio. Segundo o empresário
Eduardo Silva, CEO do Grupo FSA, são 3 pontos fundamentais a serem
considerados nesse momento: a contabilidade, enquanto controle; os
controles internos, para que se possa verificar adequadamente a
qualidade do negócio; e o modelo de gestão cascateado, de forma que as
decisões não fiquem totalmente concentradas numa única pessoa. “A
qualidade das informações é fundamental para se determinar o crédito de
uma empresa. E, para ter isso, é preciso ter uma contabilidade adequada,
cuja ausência de boa estrutura de controles e de governança pode
prejudicar o rating da empresa - nota que é dada pelos credores ao
negócio, na hora de emprestar recursos”, explica o especialista.
MEI ganha fôlego: governo prorroga até sexta, prazo para regularizar situação junto à Receita
Os inadimplentes que não fizeram nenhum pagamento dos impostos nos três
últimos anos e que estão com as Declarações Anuais do Simples Nacional
(DASN-SIMEI) atrasadas poderão ter o Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas (CNPJ) cancelado.
Se
o CNPJ for cancelado, ele não poderá ser reativado e o empreendedor
passa a ser um trabalhador informal se continuar exercendo a atividade
econômica. Segundo dados da Receita Federal, dos 603 mil
microempreendedores da capital registrados até novembro de 2017, 60,41%
são inadimplentes, mais da metade. Em Rondônia, o SIMPI/RO coloca a
disposição dos empreendedores serviço especializado para atender o
empresário associado ou não, que tem dificuldade em fazer diretamente
no site da receita e com atendimento em horário corrido.