O caminhão foi apreendido
Na tarde deste sábado, 06, policiais lotados no 6º Batalhão
de Polícia Militar, em Guajará-Mirim, desarticularam o transporte de um
caminhão, de cor branca, placa NCI 6565, de Ouro Preto d’Oeste /RO. Três
pessoas envolvidas foram presas e conduzidas para a sede da Delegacia de
Polícia Federal.
Segundo a PM, a guarnição do Sargento PM Calmont, em
patrulhamento no final do Ramal do Sol Sol, zona rural do município, por volta
de 17hs parou com um táxi do município, de cor prata, estacionado com uma
criança dentro e alguns metros três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, próximo
a um caminhão, de cor branca, que estava em uma embarcação tipo balsa (chata),
as margens do rio. Wemerson M. V., de 43 anos, disse aos policiais que estava
ali porque o caminhão de seu amigo havia sido furtado em Ji-Paraná, afirmando
que se deslocou para Guajará-Mirim na companhia do amigo, proprietário do
caminhão, em busca do paradeiro do veículo. Em pesquisa junto ao sistema,
policiais militares constataram que a placa do caminhão não possuía restrição
de furto ou roubo.
Os policiais indagaram sobre a localização do proprietário
do veículo, Wemerson disse que o mesmo encontrava-se em uma propriedade rural
ali próxima aguardando notícias do caminhão, a fim de colaborar com a suposta
vítima, os policiais então solicitaram que o homem fosse avisar seu amigo, ali
próximo. Já nas proximidades da BR Engenheiro Isaac Bennesby outra guarnição da PM
que seguia para prestar apoio a guarnição do Sargento PM Calmont deparou com o
táxi, suspeitando da atitude, abordou o veículo. Desta vez Wemerson disse que
seguia a procura do seu amigo para informar que seu caminhão fora encontrado e
estava “atolado” as margens do rio, a nova versão não convenceu os policiais,
sendo conduzido para a Delegacia de Policia Civil: o taxista, Wemerson e a
mulher de nacionalidade boliviana identificada por Lorena S. O., de 25 anos, e
seu filho. A história não convenceu os policiais militares que com apoio da
equipe de plantão do Núcleo de Inteligência (N.I.) localizaram o proprietário
do caminhão, Raul P. C. N. de 34 anos, que disse ter seu caminhão furtado do
estacionamento de um posto de combustível em Ji-Paraná, no dia 04/12/2017, mas
não havia ocorrência policial e nem restrição em pesquisa, o que levantou
suspeitas. Raul relatou que veio até Guajará-Mirim na companhia do amigo
Wemerson, no intuito de localizar seu veículo, ao chegar seguiram para a cidade
boliviana de Guayaramerin-Beni, onde retornaram na companhia da mulher Lorena,
afirmando que ela indicaria o local provável onde o caminhão seria atravessado
para o país boliviano. A versão de Wemerson mudou novamente quando este delatou
ter conduzido o caminhão até o porto clandestino onde fora encontrado.
A boliviana disse que não conhecia os suspeitos, estava em
um restaurante na saída do município quando foi convidada para dar um passeio
até aquele porto clandestino.
O taxista disse que estava no ponto de táxi do Porto
Oficial, quando uma ligação telefônica solicitou o serviço do profissional que
seguiu até o restaurante e recolheu a mulher e a criança. Ele foi contratado
pela mulher para levar combustível a um amigo chamado Raul até a área rural, o
taxista avistou Wemerson conduzindo o caminhão e a mulher pediu para segui-lo,
em certo ponto do Ramal do Sol Sol a mulher entregou combustível ao homem
identificado por Raul e seguindo até as margens do rio. Avistou cinco homens desconhecidos
com a embarcação e o momento que Wemerson conduziu o caminhão dentro da chata,
momento que a guarnição se aproximou e os cinco homens fugiram embrenhando no
matagal existente. Segundo os policiais, durante o registro do Boletim
Policial, Raul mudou a sua versão informando que teria vendido o caminhão a um
boliviano, não sabendo seu nome, apenas que Lorena, esposa do mesmo, ficou incumbida
de apontar o local onde seria realizado o transporte do caminhão para o país
boliviano.
A reportagem do jornal e site O Mamoré foi informada que o
trio, Raul, Wemerson e Lorena foram autuados em flagrantes pelo delegado
plantonista na sede da Polícia Federal.
Fonte: O MAMORÉ