Por Fábio Marques
Hoje em dia não é preciso que se faça uma análise nua e crua da política de Guajará-Mirim para que se perceba que as coisas vão de mal a pior. As perspectivas não são nada aprazíveis e tudo que se conseguiu até agora está indo para o esgoto. A cada eleição há uma piora naqueles que a população escolhe como porta-vozes. Piora em todos os aspectos: Moral, social, cultural e intelectual. Só uma coisa parece ser inerente a alguns atores sociais a cada vez que o mosaico se renova: a avidez por cargos e o mau costume de querer se perpetuar na coisa pública à custa de conchavos. Não se sabe se foi praga rogada ou trabalho feito. O fato é que para agüentar alguns políticos atuantes em nossa cidade nos dias de hoje, só com muita birita.
Os últimos tempos têm nos mostrado às claras os equívocos que somos obrigados a suportar e as seqüelas que golpeiam sem dó nem piedade a todos os cidadãos. O equívoco maior desta desordem começou quando se resolveu colocar por amizade ou troca de favores, gente sem preparo adequado para ocupar os mais altos cargos. Um grupinho que não passa de uma cambada de puxa-sacos que vivem levando fuxicos para o chefete do palácio a fim de manterem suas sagradas posições de lacaios da corte oficial.
Não discuto princípios com a corrupção. E o que estamos vendo hoje é que, queiramos ou não, a corrupção é inerente à nossa política. Fazendo um balanço a grosso modo, conclui-se que de nada adianta traficar auxílios e reforços. Problema em cujas raízes costumam rolar acordos em balcões de negócios, só tem paliativo. Não tem solução. A proposta inicial deste desgoverno que ora se faz presente era não negociar com vereador nenhum. Mas hoje, como é de todos sabido, esta gestão pública negocia, ou seja, hay “gentleman agreement”.
Tem gente que reclama de minhas crônicas com falácias do tipo: “Mas esse cara só sabe falar mal de todo mundo?”. Queria dizer a estes galináceos que a obrigação primária de quem escreve para um jornal é falar a verdade. E é por ser independente e não ter rabo preso com político safado nenhum, que tenho buscado levar um pouco de luz para aqueles que se encontram perdidos nas catacumbas da ignorância. Acredito que o nosso povo em algum momento vai ter que abrir os olhos e sentir revolta pelo que ocorre na cidade. Sei que irrito muita gente, mas este é o meu “moto-perpetuo”.
Sei também que vão dizer que esta maldita epístola não passa de tresvarios de um bêbado inveterado. Puro engano minha senhora! Só nas aparências me embriago. Na verdade, o que faço nada mais é que contestar as estruturas através de minhas reflexões etílicas. Estou me lascando? Sim, estou me lascando. Mas pelo menos tenho consciência do fundo do poço em que estou me metendo, o que não ocorre com alguns notórios homens públicos da cidade quando resolvem trocar os pés pelas mãos e tão logo começam a maquinar esquemas lesivos em prejuízo de toda a população.
Estão achando que hoje carreguei na tinta? Processem.
* Esta crônica é do início da carreira deste escriba, 2001, 2002. Qualquer semelhança com pessoas, coisas e fatos dos tempos atuais, será mera coincidência.
Apoio Cultural:
Hoje em dia não é preciso que se faça uma análise nua e crua da política de Guajará-Mirim para que se perceba que as coisas vão de mal a pior. As perspectivas não são nada aprazíveis e tudo que se conseguiu até agora está indo para o esgoto. A cada eleição há uma piora naqueles que a população escolhe como porta-vozes. Piora em todos os aspectos: Moral, social, cultural e intelectual. Só uma coisa parece ser inerente a alguns atores sociais a cada vez que o mosaico se renova: a avidez por cargos e o mau costume de querer se perpetuar na coisa pública à custa de conchavos. Não se sabe se foi praga rogada ou trabalho feito. O fato é que para agüentar alguns políticos atuantes em nossa cidade nos dias de hoje, só com muita birita.
Os últimos tempos têm nos mostrado às claras os equívocos que somos obrigados a suportar e as seqüelas que golpeiam sem dó nem piedade a todos os cidadãos. O equívoco maior desta desordem começou quando se resolveu colocar por amizade ou troca de favores, gente sem preparo adequado para ocupar os mais altos cargos. Um grupinho que não passa de uma cambada de puxa-sacos que vivem levando fuxicos para o chefete do palácio a fim de manterem suas sagradas posições de lacaios da corte oficial.
Não discuto princípios com a corrupção. E o que estamos vendo hoje é que, queiramos ou não, a corrupção é inerente à nossa política. Fazendo um balanço a grosso modo, conclui-se que de nada adianta traficar auxílios e reforços. Problema em cujas raízes costumam rolar acordos em balcões de negócios, só tem paliativo. Não tem solução. A proposta inicial deste desgoverno que ora se faz presente era não negociar com vereador nenhum. Mas hoje, como é de todos sabido, esta gestão pública negocia, ou seja, hay “gentleman agreement”.
Tem gente que reclama de minhas crônicas com falácias do tipo: “Mas esse cara só sabe falar mal de todo mundo?”. Queria dizer a estes galináceos que a obrigação primária de quem escreve para um jornal é falar a verdade. E é por ser independente e não ter rabo preso com político safado nenhum, que tenho buscado levar um pouco de luz para aqueles que se encontram perdidos nas catacumbas da ignorância. Acredito que o nosso povo em algum momento vai ter que abrir os olhos e sentir revolta pelo que ocorre na cidade. Sei que irrito muita gente, mas este é o meu “moto-perpetuo”.
Sei também que vão dizer que esta maldita epístola não passa de tresvarios de um bêbado inveterado. Puro engano minha senhora! Só nas aparências me embriago. Na verdade, o que faço nada mais é que contestar as estruturas através de minhas reflexões etílicas. Estou me lascando? Sim, estou me lascando. Mas pelo menos tenho consciência do fundo do poço em que estou me metendo, o que não ocorre com alguns notórios homens públicos da cidade quando resolvem trocar os pés pelas mãos e tão logo começam a maquinar esquemas lesivos em prejuízo de toda a população.
Estão achando que hoje carreguei na tinta? Processem.
* Esta crônica é do início da carreira deste escriba, 2001, 2002. Qualquer semelhança com pessoas, coisas e fatos dos tempos atuais, será mera coincidência.
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