Por Fábio Marques
Passado o período de Carnaval, o qual não ocorreu em Guajará-Mirim,
voltamos à vida normal com a seguinte percepção: acabou de vez o
Carnaval na cidade. Não há mais eleição de Rei Momo e nem de Rainha do
Carnaval. Não há mais desfiles de blocos festivos. Acabou-se a alegria, a
empolgação, o encanto e a beleza que o clima de carnaval reluzia no
semblante dos brincantes e foliões. Pior que tudo é que até o instante
presente, nenhuma satisfação da Secretaria de Cultura foi passada a
respeito. Nenhuma palavra do prefeito sobre o caso. Bem, vamos
trabalhar.
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Todas as pessoas com quem tenho falado
avaliam a atual administração como uma administração de muitas
conversas, de poucas ações concretas, de conchavos, de vistas curtas e
sem nenhuma noção de gestão pública. Contribuem para este impacto
negativo a falta de habilidade da cúpula municipal para implantar os
planos e propostas da época de campanha e as saídas pela tangente no
tocante a estes projetos.
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Esqueçam as ilusões a
respeito deste desgoverno. Guajará-Mirim vai continuar passando por
graves problemas, sofrendo impasses e penando por conta do marasmo
político e social. Há décadas que os cidadãos de bem aspiram o
progresso. Estes cidadãos tem coragem e vontade de encarar os desafios.
Mas na primeira linha de frente da batalha para superar os problemas, é
preciso que se encontre a gestão pública, a Administração Municipal. É
através dos esforços da administração pública que se pleiteiam e se
conseguem os recursos precisos e se implementam políticas públicas
dentro de uma concepção coerente com as carências da cidade. A depender
deste arremedo de gestão pública, Guajará-Mirim irá continuar vagando no
deserto da letargia.
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Atenção candidatos às eleições
gerais de 2018. Temos mais de 90 por cento de nossa geografia física em
forma de reservas ambientais. É preciso rever esta situação. É possível
conciliar progresso com concepções ambientais. O que não pode é bloquear
o progresso por causa de uma falsa equação que iguala progresso com
estrago ao meio ambiente. Este é um dos gargalos que atrapalham o
desenvolvimento de Guajará-Mirim e que precisa ser revisto.
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A entrada do servidor da Eletrobrás Gerson Maia na peleja eletiva vai
esquentar mais ainda o debate político acerca das eleições de 2018. Pelo
que parece, Guajará-Mirim não tem nenhuma representação à nível
estadual. A cidade precisa de alguém que se faça escutar pelos agentes
de alto coturno dos Governos Estadual e Federal. Alguém que dê
auto-estima e levante o alto astral e a energia do povo. A entrada de
Gérson Maia na disputa irá provocar também calafrios naqueles que hoje
se amarram nas escoras da Assembléia do Estado e não querem mais se
desgrudar desta teta pública. Desculpem aqueles que se contrariam, mas
não há como ignorar esta novidade nas eleições deste ano.
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Quase não assisto televisão. Mas não posso deixar de me irritar quando o
assunto nas rodas de conversa orbita em torno do programa Big Brother e
o nível medíocre dos anônimos que a TV, querendo explorar o voyeurismo,
transforma em celebridades. O Big Brother corrompe o discurso público e
desvia a conversa das coisas mais relevantes. É preciso criticar e
questionar a promoção de coisas fúteis e nocivas que são passadas pela
vitrine televisesca como entretenimento, mas que nada mais são que puro
esgoto cultural.
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Coluna Almanaque - O ÚLTIMO CARNAVAL
Por Fábio Marques
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fevereiro 15, 2018
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