Coluna Almanaque - NADA DE NOVO NO FRONT

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
O prazo de 15 dias acordado entre o prefeito de Guajará-Mirim e os líderes do protesto contrário ao atual estado de coisas, para que se fizessem as devidas correções nos supostos desmandos que ocorrem na prefeitura, já se esgotou e até agora nenhuma sanção pragmática foi tomada por parte do Poder Executivo. Há quem propague que o levante teve a manobra e o controle de gente com outros interesses, além da insatisfação com a situação da cidade. Acredito que não. Tanto é que o tratado assinado pelo prefeito no dia do protesto, e que continha um elenco de reivindicações pautadas pela responsabilidade, não buscava melhorias para pessoas ou confrarias, mas sim para todo o conjunto da população.
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Entre as petições que figuram na listagem apresentada pelos líderes do protesto, estão a escolha célere de um secretariado à altura para a ocupação das pastas em aberto, a limpeza da cidade e saídas para os gargalos da Saúde Municipal.
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O prefeito bem que poderia nomear uma equipe com preparo para assumir as secretarias essenciais da administração e não manjados amigos sem cacife nenhum de coisa pública e cujos principais atributos são a babação e a elegância em agradar o príncipe do palácio. Poderia também investir na estrutura da Saúde que está uma lambança só. Pacientes reclamam todos os dias que o Hospital Regional não possui suporte algum, faltando desde remédios até equipagem e materiais de utilização mais básicos.
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O prefeito poderia também criar batalhões ou mutirões de limpeza nos bairros e não somente na Avenida 15 de Novembro, como ocorre hoje.
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Não dá mais para aturar as aparições do secretário responsável pela pasta da Saúde Municipal, nos programas matinais da mídia falada, dizendo para toda a cidade que o sistema de Saúde vai muito bem, obrigado. Isto é estar brincando com a consciência da população. É estar fazendo o povo de otário. Quem escutou o programa de rádio-jornalismo da Rondônia FM esta semana, ficou com a impressão de que no Hospital Regional não existe nenhum problema de atenção aos pacientes e que os índices de qualidade ali expostos se comparam aos Hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, em São Paulo.
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No dia seguinte à entrevista, tudo foi por água abaixo. Um cidadão que reside no distrito do Iata, precisou de locomoção urgente para Porto Velho e a Secretaria de Saúde se viu em aperreios. Foi preciso que outras esferas de poderes se mexessem para contornar o vexame.
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Na reunião itinerante da Câmara Municipal que ocorreu no distrito do Iata, a administradora da cidadela, Ozanilde Moura, reclamou da falta de estrutura do Posto de Saúde local, que encontra-se sem serviços de odontologia e exames médicos. Informes tem chegado à Coluna de que o Posto de Saúde também está sem ambulância, que encontra-se quebrada e precisa de reparos.
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Nesta semana a cidade de Guajará-Mirim enfrentou dois dias de chuva torrencial que chegaram para compensar alguns dias de calor intenso. Acabou que vieram outros tipos de problema. Ruas alagadas, lamaçais, vendas paradas no comércio, prejuízos gerais. No Bairro Cristo Rei, uma descarga elétrica acabou queimando aparelhos eletrodomésticos num quarteirão inteiro.
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