Empresas em crise recorrem ao Turnaround
Em função da profunda e prolongada recessão econômica que atingiu o país
nos últimos anos, muitas empresas em apuros têm buscado auxílio de
especialistas para fazer o chamado Turnaround (“dar a volta”, em
português), termo esse que é utilizado internacionalmente em
administração de empresas, para denominar o conjunto de ações
estratégicas e operacionais destinadas à recuperação de empresas que
perderam a saúde financeira, e que não mais conseguem se reerguer por
conta própria. Em outras palavras, trata-se de um mecanismo de gestão
que se propõe tirar as empresas da situação de estagnação ou declínio,
fazendo com que elas passem a crescer e sejam rentáveis, restabelecendo
sua performance e valor de mercado. “A demanda por trabalhos de
reestruturação tem sido muito intensa nesse período, com muitas
corporações buscando alternativas para atenuar a crise, sobreviver ou,
até mesmo, salvar seus negócios”, afirma o economista Luiz Alberto de
Paiva, diretor-presidente da Corporate Consulting, empresa especializada
em gestão estratégica de negócios em crise e em reestruturação.
Segundo o especialista, reestruturar uma empresa não se resume apenas em
renegociar dívidas, vender ativos, reduzir as despesas e aumentar as
receitas, mas é um processo mais amplo, que envolve aspectos físicos,
humanos, financeiros, jurídicos, econômicos e administrativos. “Estamos
falando em reverter uma situação de crise para recolocar a empresa nos
trilhos. E isso não se faz sem medidas drásticas e radicais que, por sua
vez, precisam ser muito bem planejadas”, diz ele, explicando que,
muitas vezes, envolve até a alteração da missão, valores e nos produtos
oferecidos. “O processo de reestruturação começa com um diagnóstico da
situação, no qual é feita uma varredura nas áreas financeira e
operacional, analisando os ativos e os passivos, os meios de
precificação dos produtos, os contratos com fornecedores, entre outros.
Então, a recuperação em sendo viável, é necessário verificar todas as
opções, o negócio em si e as condições internas e externas, para que
seja possível elaborar um plano de reestruturação mais adequado à
realidade da companhia, cuja implementação vai exigir sacrifícios, muita
disciplina e determinação, mas será possível obter resultados mais
fortes, consistentes e sustentáveis”, esclarece Paiva.
REFIS do SIMPLES Nacional
Conforme já noticiado anteriormente nesta Coluna, apesar da aprovação
por unanimidade pelo Congresso Nacional, o presidente Michel Temer vetou
integralmente o REFIS do SIMPLES Nacional em janeiro, alegando que a
medida feria a Lei de Responsabilidade Fiscal, por não ter previsto a
origem dos recursos que cobririam os descontos aplicados a multas e
juros com o parcelamento das dívidas.
Esse veto provocou forte reação do legislativo, que até chegou a se
manifestar pela derrubada deste pela casa, mesmo com a discordância do
governo, cuja seção de apreciação da matéria estava prevista para o
último dia 20 de março, mas foi novamente adiada para o mês de abril, a
pedido do presidente, que pediu mais tempo para que a área econômica do
governo pudesse encontrar uma solução, para adequar o Orçamento da União
ao REFIS.
O projeto beneficiaria todas as empresas optantes pelo regime tributário
especial, aumentando o número de parcelas de 60 para até 180 vezes -
com redução de juros e multas - para a quitação das dívidas com o
governo.
Excluído do SIMPLES? Prepare-se para voltar
Esta
semana o presidente Michel Temer disse que está pronto para
"patrocinar" junto ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a
derrubada do veto do Refis das micro e pequenas empresas
Entrando em vigor novo Refis, será possível solicitar nova opção pelo regime, por meio do Portal do Simples Nacional, até a data estipulada em lei e desde que o contribuinte regularize suas pendências
Deverá o interessado ficar ciente desta possibilidade e atento aos prazos e aderir ao programa.