Em auto-exílio Brasil afora, aderi há pouco tempo à robótica digital que a cada dia mais vai ganhando adeptos entre internautas, o Whats App. Através desta logística da tecnologia é que, a milhares de quilômetros, tenho buscado interagir com amigos e inimigos a respeito de tudo o que ocorre na política de Guajará-Mirim. Participo de dois grupos de discussão. Aqui e acolá coloco minhas opiniões. Como é natural, tem gente que acata e tem gente que critica. Não me importo. Afinal, se coloco minha opinião para o público, é mais que natural que este mesmo público também opine a favor ou ao contrário sobre aquilo que opino.
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Também observo que neste coliseu digital muitos têm sido os reclames acerca dos desmandos da atual gestão pública advindos de todos os extratos sociais. Nesta interação, as pessoas além de formular queixas e pedirem medidas cabíveis, também dão sugestões para que se melhore a vidas dos cidadãos. Os apelos são inúmeros e freqüentes, o que faz com que a gente lamente alguns conteúdos. Só se tem falado em coisas ruins. Nunca se elogia e muito raro se exalta o que é bom. Mas ainda bem! Sim, pois enquanto o mal e o mau forem notícias, todos nós teremos razão para festejar. Pior vai ser quando chegar o dia em que o ruim seja algo tão corriqueiro que nem mereça mais ser motivo para indignação.
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Mas nada disso remove a preocupação com a situação da cidade e dos cidadãos que exigem providências da prefeitura ou de quem de direito. E é sobre isso que me proponho a falar na Coluna de hoje, uma vez que este cronista sempre esteve sensível aos anseios do populacho que tanto tem clamado pelas melhorias que a cidade precisa, ainda mais agora que as chuvas cessaram e levaram consigo seus estragos.
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De acordo com as postagens, os internautas querem apenas sistema de esgoto, luzes nos postes da rede pública, o lixo recolhido, as ruas, se não asfaltadas, ao menos encascalhadas e calçadas para poderem ter o direito de ir e vir livre do trânsito. Perceba-se que os cidadãos não pleiteiam obras vultosas. O que querem são serviços básicos. Ou seja, nada que vá onerar ou provocar sangria nos cofres públicos da cidade.
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Leio nos jornais do Planalto Central, notícias que apontam o aperreio dos prefeitos de todas as cidades do cerrado diante da escassez de recursos de suas administrações, o que os tem levado a adotar medidas funcionais para fazer frente às exigências do momento. Assim como Guajará-Mirim, o que se observa por estas paragens é que as prefeituras estão minguando suas fontes de recursos, a começar pelos abusivos aumentos no IPTU, cujas alíquotas os ocupantes de imóveis já não suportam e o ISS que não é levado muito a sério pelas empresas que fazem prestação de serviços. Mas o que difere estes prefeitos do chefete do Executivo guajaramirense, é que para estes não tem faltado vontade política na disputa por projetos industriais. Tocados por este mister é que se animam a correr atrás de empresas e indústrias que queiram investir em suas cidades. Estão mais que corretos. Se o que têm é quase sempre muito pouco, é preciso encontrar uma forma de despertar o capital local. Afinal, só se obtém impostos onde se produz.
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