Coluna Almanaque: IMPRENSA, POLÍTICA E ELEIÇÕES

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Em ano de campanha política, palanque e eleições, já é praxe comum acentuar-se o número de processos que se entulham na justiça à procura por reparos por parte de políticos ou pessoas que se sentiram lesados por ofensas, calúnias, injúrias ou qualquer outra coisa.
À primeira vista o aumento destes tipos de ações na justiça pode aparentar uma maior conscientização das pessoas que resolvem correr atrás de prejuízos causados por terceiros. Por outro lado, este índice trás consigo um lado sinistro. O índice revela também uma absurda indústria de processos por danos morais, e a maior vítima destes processos nos últimos tempos tem sido a imprensa e os jornalistas. É um problema grave porque afeta a liberdade de opinião pela qual toda a imprensa batalhou desde que a censura foi imposta nos tempos da ditadura.
O medo de uma sentença injusta pode levar à autocensura, o que é um ultraje para a própria imprensa. A imprensa precisa perder esta covardia de enfrentar a questão sem deixar de reconhecer o direito de qualquer cidadão de reclamar na justiça. O que não pode é se condenar por danos morais sem ter levado em conta o mérito da questão.
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O jornalismo é uma profissão prazerosa e ao mesmo tempo penosa. Eleva as taxas de colesterol, de glicose, da pressão arterial e contorce o sistema nervoso. Reduz, enfim, a taxa de expectativa de vida para quem abraça o ofício de procurar notícias para repassar aos leitores. E também para quem precisa deste suporte como fonte de sustento para pagar o aluguel de uma quitinete e mais contas de água, energia e, acima de tudo, refinar o intelecto através da leitura de bons autores, da boa música e de modestas quantidades de cervejas de qualidade sempre bem dosadas.
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Jornalista de profissão, com o aval da decisão do STF a respeito da celeuma, sempre fui da opinião de que o verdadeiro jornalismo está no sangue, está na alma, no espírito e no ofício de levar a informação sem distorcer os fatos nem criar factóides. Sou um livre pensador que critica as mazelas que ocorrem na cidade, no Estado e no País. Errar é humano e de vez em quando cometo ratadas nas posições tomadas em minhas críticas. Reconheço. Claro que existe o direito de qualquer um falar e escrever o que quiser. Mas jamais abrirei mão do meu direito de divergir.
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Gostaria de agradecer na Coluna de hoje à todos aqueles que gostam do que escrevo ou ainda que simpatizam com minhas opiniões. E agradecer aqueles que me criticam, até porque me fazem refletir. E até aqueles que falam mal de mim ou escrevem postagens com “raivinha”, porque também ajudam na audiência. E também agradecer aqueles que escrevem palavras de apoio e também reclamam em suas postagens da situação crítica e absurda que os cidadãos se vêem obrigados a encarar todos os dias. Me refiro à vergonha que é o abandono e o desleixo do Poder Executivo com Guajará-Mirim. E por fim mas não por último, agradecer aqueles que assinam seus nomes e também aos anônimos.
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