O novo prazo de entrega é o próximo mês de agosto, mas sem data
anunciada. Atualmente o portão de acesso à unidade está trancado e a
estrutura está deteriorada, como pintura desbotada, bastante mato em
volta da construção e ferrugem nas estruturas de ferro.
O prédio começou a ser construído em maio de 2013 e tinha a previsão inicial de ser concluído até o início de 2014, desde então a obra ganhou aditivos e recebeu vários novos prazos de conclusão, mas nenhum deles aconteceu de fato.
Depois de pronto, o hospital seria utilizado para fazer o atendimento
de pacientes de Guajará-Mirim e Região, além de indígenas e também de
bolivianos que cruzam a fronteira para buscar atendimento no Brasil,
assim como já é feito no Hospital Regional Perpétuo Socorro desde
sempre.
Em 2015, o secretário estadual de saúde, Williames Pimentel, alegou em entrevista
que a obra havia atrasado porque o município passou por uma grave
problema em 2014: a enchente histórica que deixou a região isolada por
vários dias e atingiu mais de 500 famílias.
"Estamos
em uma grande discussão com a bancada federal, junto ao Ministério da
Saúde, para que os compromissos firmados na liberação dos recursos para a
compra dos equipamentos sejam viabilizados”, declarou Pimentel na
época.
Em uma nova entrevista em
dezembro do ano passado, o secretário voltou a falar sobre o assunto e
cravou um novo prazo de entrega: abril deste ano, mas o plano não saiu
do papel.
“Em abril, a previsão é abril de 2018. Ainda faltam alguns detalhes, mas estamos trabalhando para entregar a obra”, disse.
Sesau
Sobre a obra, a assessoria de comunicações da Sesau declarou na época
que um aditivo no orçamento inicial foi feito a pedido da própria
construtora, que já havia sido pago. Em 2017, o órgão afirmou que
repassou mais de R$ 1,4 milhão à empresa.
A Sesau declarou ainda que a construtora requereu um pedido de
recomposição de taxa administrativa durante uma reunião com o
Departamento de Estradas de Rodagens, Infraestrutura e Serviços Públicos
de Rondônia (DER-RO), e que o pedido seria enviado para a Procuradoria
Geral do Estado para análise.
Em relação aos repasses, a Sesau afirmou veementemente que não há
faturas em aberto, e que a construtora emite as notas para pagamento e a
secretaria envia para o banco dentro do prazo, efetuando o repasse
final.
Construtora desmente pagamentos recebidos e prazo de entrega
Na ocasião, a construtora responsável pela obra para saber os
motivos do atraso. A empresa declarou que a obra estava 85% concluída,
mas que havia parado por falta de pagamento e que apenas cinco
funcionários estavam sendo mantidos para fazer a manutenção do prédio.
A Construtora alegou ainda que durante os anos de atraso bancou todo o
processo de manutenção do prédio sem receber nenhuma verba, gastando
aproximadamente R$ 35 mil por mês com recursos próprios, e que agora a
dívida não foi reconhecida pela Sesau.
A empresa desmentiu o prazo dado pela Sesau, de que o hospital seria
finalizado até abril de 2018, declarando que mesmo que o repasse de todo
o dinheiro que faltava fosse feito, a conclusão até a data anunciada
era impossível de acontecer.
Novo posicionamento da Sesau
Nesta terça-feira (10), em contato com a Sesau e pediu um novo posicionamento sobre a
obra. Segundo o setor de fiscalização de obras do órgão, a nova previsão
de entregue é agosto deste ano. Os atrasos registrados na execução
ocorreram porque o Ministério da Saúde não repassou a verba para que a
Caixa Econômica Federal liberasse os valores destinados à conclusão.
O atraso no repasse da verba causou um desinteresse da construtora
responsável pela obra. Em média, cada valor estava demorando cerca de
três meses para ser repassado.
Ainda segundo o setor de fiscalização de obras, atualmente há dois
aditivos, sendo um de R$ 1 milhão (no início da obra) e outro de R$ 800
mil (que não foi totalmente pago ainda).
Fonte: G1