Por Fábio Marques
Ano de eleição é a melhor época para os políticos, como urubus à procura
de carniça, fazerem passeios pelos bairros caçando pessoas ingênuas
para venderem miragens. Alugam almas e corações aflitos de pessoas que
não tem o básico para comprar remédios, alimentos, materiais para as
melhorias em seus casebres, roupas e sapatos para seus filhos, nada.
Infelizmente a carência, a pobreza e a miséria das pessoas são reféns
dos crápulas que vendem ilusões e contribuem cada vez mais para o estado
de caos em que estamos vivendo.
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O pior de tudo é que
estes pobres coitados ainda são obrigados a votar. Então vota-se
bêbado, comprado por migalhas, por tapinhas nas costas e até por algumas
cervejas. O eleitor é roubado e ninguém é punido. Isso ocorre porque
estas pessoas não estão afinadas com a política ou ainda preferem
manter-se à distância. Se contentam com as novelas da Rede Globo, com o
futebol na TV, com o pagode e a cachaça.
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E quando resolvem especular sobre a política é só para reclamar, mas na hora de votar, sempre apontam os mesmos pilantras.
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Em sua missiva ao Rei de Portugal, Vaz de Caminha falava que nesta
terra em se plantando tudo dá. Dá político se lixando para a opinião
pública, dá lei da vantagem, dá balcão de negócios, dá corrupção, dá
falcatrua, dá toma-la-da-cá. Está passando da hora de dar um basta a
isso tudo. Lugar de político corrupto é na cadeia.
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Só
existe um jeito de acabar com a corrupção e o desvio do dinheiro
público. Punição severa, cadeia com pena perpétua, além do confisco dos
bens roubados ou uma multa gigante impagável, para que o patife se remoa
na xambica por todo o mal que perpetrou. Queria ver a cara de muita
gente metida a adentrar a política caso esta utopia virasse cláusula
pétrea.
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E o Governo Michel Temer resolveu emplacar
outro aumento no preço dos combustíveis. Ponto negativo. Ruim para a
economia, para o setor agrícola e para o transporte urbano. Aumento de
preço significa aumento de custo e, portanto, da inflação.
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Voltando à vaca fria. Nesta corrida pelo voto acabam caindo por terra
ideologias políticas, programas de governo, caráter, honradez. O que
importa são os conchavos, as promessas vagas e as conversas levadas
pelos agentes do marketing que vendem até areia para deserto, água para
oceano e paisagem para cegos. O negócio é conseguir o quanto mais votos
possível. Está dada a largada para este teatro que é a eleição política
no Brasil.
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Estão lembrados do me engana que eu gosto?
Pois é. Agüentar a política e os políticos neste Brasil de hoje é uma
piada do mais péssimo gosto possível. Hoje em dia a intenção de quase
todos os políticos é aproveitar as mamatas do cargo para acumular
fortunas e usufruir das mordomias às custas do povaréu.
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Em suma, somos quase duzentos milhões de palhaços que em pleno século
21, com Internet, TV a cabo, notícia à vontade, mas que ainda se deixa
enganar por bandidos da pior espécie que infestam o dia-a-dia da
política. Por conta destes leprosos morais é que as pessoas estão
morrendo nos hospitais por falta de remédios, de atenção médica, de
segurança, de dignidade e até por falta de vontade de viver num país tão
corrupto como o Brasil.
Apoio cultural:
Coluna Almanaque: ELEIÇÕES E ILUSÕES
Por Fábio Marques
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setembro 03, 2018
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