Por Fábio Marques
Quem escreve crônicas políticas é mais que sabedor que é nas conversas
de bastidor que tudo se ventila. É nestas conversas que ficamos sabendo
quem é quem no tablado da política. É nas conversas de bastidor que
ficamos sabendo de fato quem se preocupa com os rumos que a cidade vai
tomando e quem de fato conhece seus direitos. Este final de semana
estive no Mercado Municipal fazendo entrevistas com pessoas simples que
lá trabalham ou apenas transitam por lá, a maioria sem know-how a
respeito de política e habituados a verem os políticos apenas em época
de campanha e, às vezes nem os políticos, mas somente pessoas ligadas ao
estafe de campanha de fulanos e sicranos.
##########
Após o
quebra-gelo inicial perguntei quem já havia feito campanha para algum
político e qual o nome do político, como havia sido feito este contrato,
qual o vínculo de trabalho na campanha e o ganho salarial. Perguntei
também se sentiam-se representados pelos políticos que apoiaram e que
haviam sido eleitos e que apontassem as políticas públicas efetuadas por
estes políticos em prol da cidade.
##########
Falamos também
da atual gestão municipal, as promessas de campanha do prefeito vigente,
os acordos feitos e os entraves que hoje emperram o resgate do
progresso, o que explica o marasmo que atrasa a cidade e como uma cidade
com tanto potencial humano, pessoas com boa formação, está ficando cada
vez mais parada na história à nível regional.
##########
O
intuito desta interação foi somente um: colocar o diálogo e o debate
popular na construção das propostas políticas. Esta sondagem acabou
servindo para se inteirar de como a população está descrente com a
política e com os políticos, de como se revolta com a corrupção que
assola o Brasil de modo geral, com a falta de confiança no futuro da
cidade e com a atuação do arremedo de gestão pública que hoje fantasia a
administração Municipal.
##########
Paralelo a este corpo a
corpo focado num desígnio, pude também observar na feira pública de
sábado uma estranha procissão formada por asseclas dos crápulas
políticos que estão tentando se eleger ou se reeleger. Uma coisa há de
se convir: Este bailado faz parte do teatro político. Aliás, bailado
este que também faz bandido acabar virando mocinho, dá status para quem
não possui nenhum, faz mulher tribufu e sem graça virar celebridade, dá
escudo para pedófilos, sustenta a escrotice canalha dos patifes, abre
espaço para maridos infiéis traírem suas esposas, levanta cifras
bancárias para parcos de proventos, dá ares de doutores para broncos e
obtusos.
##########
Mas o pior de tudo é que os culpados somos
nós mesmos que fingimos acreditar nos políticos e em suas conversas e
não fazemos o mínimo esforço para saber quem são eles de fato.
##########
Para não dizer que não falei das flores, no feriado do Sete de Setembro
conversei com a professora e advogada Eliane Nazaré. Natural de Porto
Velho, criada no tradicional bairro São Cristóvão, ali nas cercanias da
Rodoviária, Eliane é candidata a deputada federal pelo Pros. Com
propostas voltadas para a elevação do moral social de todo os cidadãos,
Eliane, que também é membro atuante do segmento católico Renovação
Carismática, espera trabalhar na consecução destes objetivos a fim de
alavancar melhorias na qualidade de vida de todas as cidades do Estado
de Rondônia.
Apoio cultural:
Coluna Almanaque: GRITOS NA MULTIDÃO
Por Fábio Marques
Compartilhe no WhatsApp
Por -
setembro 10, 2018
0