O patriarcado pode
ser e ainda é considerado, por alguns estudiosos do ramo, o alicerce da
sociedade contemporânea. O patriarcado é uma autoridade imposta pelo homem, que
os colocam acima das mulheres em ambiente domiciliar e em todas as outras
organizações sociais, como: legislação, política, cultura, etc. O papel da
mulher socialmente, ainda é tido como inferior ao dos homens em muitos os
quesitos, seja economicamente, profissionalmente, fisicamente e emocionalmente.
Para esse tipo de sistema
social, como a política, os homens são considerados os centro da atenção, pois
se destacam em diversos pontos, sempre esbanjando força, inteligência,
competência e resistência. Com facilidade encontramos na internet críticas ao
posicionamento do movimento feminista. As justificativas, para tais críticas
são as piores possíveis em relação à luta pelos direitos iguais, “Mulher quer
direitos iguais, então vai carregar um saco de cimento ou objetos pesados” ou
“Não quer sofrer abuso, coloca um vestido mais longo.”
Esses grandes atrasos
intelectuais geram problemas sociais gravíssimos e desigualdades gigantescas na
vida de milhares mulheres que ocupam o globo. Expressões como “sexo frágil” ou
“a mulher veio da costela do homem” são declarações machistas reproduzidas ano
após ano que continuam deixando o patriarcado reinar na sociedade
contemporânea e diminuem a figura da mulher, colocando os homens como donos do
poder e da dominação.
As leis de proteção à mulher
são fracas e também ajudam a piorar a imagem de “mulher é frágil e precisa de
proteção”, legitimando o machismo estrutural da sociedade.
Os homens findam exercendo
opressão sobre as mulheres mesmo sem saber, pois a partir do momento em que
nascem já são colocados papeis importantíssimos na sua vida. Um exemplo disso é
a questão do homem brincar com objetos que simulam profissões importantes e que
exigem força, enquanto as mulheres são ensinadas desde sempre que sua função é
única e exclusivamente criar bebês, cozinhar e cuidar da casa.
Existem dezenas de situações
que colocam os homens como seres superiores às mulheres e essas rotinas que
muitas vezes passam despercebidas configuram o conhecido PATRIARCADO INSTITUCIONAL.
O patriarcado também é muito severo com
homens que escolhem não seguir a postura tradicional “masculina” dada pela
sociedade. Alguns exemplos disso são homens que têm preferências ditas
“femininas” e, por esse motivo, ridicularizadas e julgadas inferiores, como
homens que não gostam de futebol, que preferem ficar em casa cuidando dos
filhos ao invés de trabalhar, que são vaidosos e cuidam da aparência. Esses
exemplos ilustram as posturas que não são toleradas pelo patriarcado, pois o
homem nasceu –na visão machista- para produzir, reproduzir, ser o “macho alfa”
da casa e ser economicamente responsável pela família.
O patriarcado MATA
de todas as formas, e tem matado todos os dias, julgando de maneira errada as
atitudes das mulheres que andam sozinhas à noite e são estupradas, ele julga as
mães que deixam seus filhos em casa e seguem a carreira profissional, ele
menospreza o trabalho intelectual de muitas mulheres, coloca os homens como
juízes sociais e líderes intocáveis. Ele está em todo lugar, em todos os
setores, em todos os momentos. Sim, nós precisamos falar sobre o patriarcado.
Sim, nós precisamos repensar o patriarcado. Hoje e todos os dias, pois o ser
humano não está aplicando o “Amar o próximo como a ti mesmo”, e o abismo que a
sociedade está entrando é infinito.
Fonte: www.msn.com/pt-br/ Colaboradora: Joelma
Gomes Rabelo (Bacharel em Direito).