Coluna Almanaque: À BEIRA DO ABISMO

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Em seus discursos de campanha, o prefeito Cícero Alves dizia ter as soluções para todos os problemas da cidade. Em suas andanças à época dos palanques, assinou acordos e empenhou sua palavra para caciques do comércio, gente graúda do ramo do atacado e exportação, líderes de associações, puxa sacos de renome, plebe ignara em geral e até para gente de bem. Uma vez eleito, deu as costas para todas as promessas.
Hoje o prefeito de Guajará-Mirim se revela ao público como a vergonha em pessoa com tiradas de cinismo que pioram ainda mais o seu semblante diante da tragédia humana. Toda a sua suposta decência hoje resvala no fiasco de suas atitudes frente ao Poder Executivo. Um farsante e sua farsa mais que exposta.
Onde quer que se escute alguma a respeito deste arremedo de gestão pública, é sobre a sua descarada confissão de que não é possível realizar porque não há dinheiro. Está faltando recursos para tudo, menos para garantir as viagens de prefeito e asseclas para não trazerem nada para a cidade. Mas ainda que se aceite a escassez de recursos de que tanto reclama o prefeito nas entrevistas, é justo perguntar o que este cidadão está pensando em fazer para superar o problema. Sim, porque quem se elege para gerenciar uma cidade não está ganhando o cargo para insistir em lamúrias. Outra coisa: ninguém é obrigado a disputar uma eleição, mas se concorrer, tem que ter consciência do ônus e dos desafios.
A Saúde de Guajará-Mirim está em completa desordem, mas pelo visto, parece que não há precisões de urgências em resolver os gargalos. A desculpa é de que os problemas já vêm de longas épocas e não se poderá resolver de uma hora para outra. Sejamos claros. A verdade é que a Secretaria está perdendo cada vez mais o controle da situação e isto está custando vidas e seqüelas aos pacientes do SUS que tem como única porta de assistência o Hospital Regional. Cadê o promotor da Saúde? Cadê o MP? Cadê o Conselho Municipal?
Tumulto e revolta em toda a cidade contra este estado de coisas, o que tem tornado a figura do prefeito antipática perante todos os cidadãos de bem. E na prefeitura também. Parece que ninguém tem disposição para trabalhar direito tamanho o desânimo e a insatisfação. É só olhar na cara dos funcionários. O objetivo inicial deste cidadão de implantar um choque de gestão, pelo visto está fazendo de sua vida um tormento.
Mas atenção cambada: O desgoverno que hoje se instala na cidade também tem prazo de validade. E nós como cidadãos temos a obrigação de combater tudo o que ocorreu e que ocorre de errado na coisa pública. E mesmo que esta batalha seja inglória, é preciso combater e procurar reverter o jogo sempre.
Um conselho senhor prefeito: nestes poucos anos que ainda lhe restam de vida se persistir na política, vá às ruas e observe à sua volta. A cidade está uma nojeira e as pessoas estão com nojo de você. Renuncie, portanto. Esta é a única atitude sensata que poderá tomar ante esta verdade, até para amenizar a sua sofrível situação.
E que Deus acolha e tenha piedade de sua alma, porque aqui o inferno já está pronto.
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