Por George Braga
Nessas épocas de muito atrapalho e palavras iracundas, a reflexão me faz lembrar de tudo o que passamos em você, Guajará-Mirim!.
As palavras malditas do filho do capitão, traduzem toda a ignorância e
a pobreza de seu espírito. Tudo é relativo. Muitas vezes nessa vida
moderna e ansiosa, não vemos a beleza de um rio, de uma floresta e de
seu povo. Preferimos viver na Cidade Maravilhosa, que já foi mais
maravilhosa e que por falta de gestão nos últimos anos, não tem mais
tanta beleza assim. E nem por isso a defenestramos. Não, muito pelo
contrário, a queremos linda, bonita, essa garota de Ipanema!
O Brasil é muito lindo: seu território, sua aridez, seus rios e
florestas, seu povo tão trabalhador e alegre. Amo cada pedaço desse chão
e por ele sou capaz de dar minha vida para proteger nossas fronteiras e
nosso povo.
Mas há quem não pense assim, ainda mais, por representar o povo em
cargos eletivos e públicos, fala mal de sua terra. Fala mal quem pensa o
mal, quem maquina o mal ao deitar-se. A gente é o que é. O espinho de
pequeno traz a ponta.
Mas com essas palavras mal ditas, fiquei a me lembrar de Guajará.
Lembrei que tenho muitos amigos nascidos lá. Lembrei de sua história e
seus pioneiros da borracha e da estrada de ferro. Lembrei da saltenha
boliviana e de seu povo-irmão que tanto nos recebe bem, na Bolívia.
Lembrei do melhor e mais doce abacaxi que já comi na vida, o
abacaxi-pérola, de Guajará. Da Igreja de Nossa Senhora dos Seringueiros,
linda e antiga e que traz nas suas pinturas, a nossa história.
Guajará-Mirim, que significa, cachoeira pequena, tem 93 por cento de
suas florestas em pé. Vivas. De lá nascem nossos rios, nossa água e
nossa vida. Campo maravilhoso para turismo, ecoturismo, turismo de
contemplação, turismo de pesca esportiva. Seu povo acolhedor,
resistente, sorridente e brincalhão.
Em Guajará nasceram grandes homens: Carlos Ghosn, Presidente Mundial
da Renault, da Nissan e Mitsubishi; José Anibal, Senador por São Paulo;
Rubston Lima, policial; Josimar Bragado, Policial; Prefeito Cicero
Noronha; Deputado Estadual Neidson; João Pomba, Policial e Paulo
Saldanha, escritor e Membro da Academia de Letras de Rondônia, dentre
outros grandes homens e mulheres desse nosso rico pedaço.
A dança dos Bois Flor do Campo e Malhadinho ( Duelo da Fronteira)
são a verdadeira história e costume de nosso povo. Reúne milhares de
pessoas, movimenta dinheiro e energia. Isso revela o amor de sua
população. O homem só dança quando está bem.
Na última vez que fui lá, comprei alguns bons perfumes na Top, tomei
uma cerveja e comi uma carne de sol no Ceará, fiquei no Hotel Jamaica e
ao final fui com Mona Lisa conhecer o alto da chapada da entrada (Torre
da Embratel). Lindo, maravilhoso! Terra, ar, vento, floresta e animais
(na subida vi um tatu na estrada). Será que o filho do capitão viu ou
sentiu isso? Ou ficou a zapear, ansioso, sem ver as delicadezas e
detalhes que nos rodeiam?
Até no charco nasce flor.
Bem, me despeço, falando dessa cidade amada, que precisa de cuidados e
atenção. Temos um Prefeito e um Deputado Estadual da Região que amam
esse torrão. Mas, às vezes, precisamos ouvir isso para que nos reunamos
sem cores e credos em prol do futuro, para que não vivamos de passado.
Que possamos sair do ostracismo e que nos dê ânimo, essa luz que brilha
dentro de cada um possa vir para fora e que façamos desta cidade a
cidade mais linda do Estado de Rondônia!
Cidadãos de Rondônia, uni-vos!
* George Braga, Rondoniense.
HOMENAGEM – Guajará Mirim, meu amor!
Por George Braga
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outubro 27, 2018
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