Após a retirada de moveis e mercadorias, a Escola e o Mercado foram interditados
A manhã desta segunda-feira, 12, foi marcada por duas
interdições de prédios públicos no município de Guajará-Mirim/RO, o primeiro foi prédio da Escola Estadual Durvalina Estilben de Oliveira, onde funcionava atualmente
a Escola Irmã Maria Celeste e o segundo prédio foi o Mercado Público Municipal.
Bombeiros exigiram que fossem retirado tudo do prédio
Em meados deste ano, a Escola Estadual Irmão Maria Celeste
passou a funcionar nas dependências da Escola Durvalina Estilben de Oliveira,
prédio histórico no município de Guajará-Mirim. O prazo da reforma no prédio da
Escola Celeste já ultrapassou a data, conforme a previsão no início das obras, mesmo
assim as aulas estavam ocorrendo no prédio improvisado, no centro comercial. No
laudo dos bombeiros, irregularidades foram encontradas e especificadas, incluindo
rachaduras e tetos com risco de quedas, colocando em risco alunos e
profissionais. A falta de um projeto preventivo de segurança contra incêndio,
de um laudo estrutural e a colocação de mais extintores, foram indícios
suficientes para a evacuação do predio e interditado pelos bombeiros.
Os bens da Escola foram retirados em caminhão e carros pequenos, aos poucos, para outro local seguro
As aulas foram suspensas por tempo indeterminado, de acordo
com nota da direção da Escola Irmã Maria Celeste, os quase 700 alunos
aguardarão em casa, enquanto a Coordenação de Ensino e Secretaria de Estado de
Educação tomam as medidas cabíveis, como a conclusão das obras no prédio da
Escola.
Mercado Público
Uma vistoria realizada no ano de 2011 exigindo adequações na
estrutura física do prédio do Mercado Público Municipal vem se arrastando,
quando trinta dias atrás o Comando do Subgrupamento do Corpo de Bombeiros por
meio da equipe de vistoria realizou, notificou e alertou o Poder Executivo
Municipal de Guajará-Mirim quanto à interdição caso não fosse cumprida as
exigências do sistema básico de segurança. No dia 11 a data expirou, os
bombeiros procuraram a Prefeitura Municipal a fim de averiguar se o projeto
apresentado há anos atrás havia sido adequado e feito as correções necessárias,
ao recebem a negativa, seguiram até o prédio do Mercado Público Municipal para
a interdição total do prédio.
Os comerciantes não gostaram da notícia recebida
Ao jornal e site O Mamore, o Sargento BM Medeiros, respondendo pelas
interdições, afirmou que o único projeto apresentado anos atrás continha irregularidades e até o momento da interdição, na manhã desta segunda-feira,
nenhuma correção havia sido realizada, bem como nas rachaduras parte elétrica de
modo em geral e local que está oferecendo risco a vida das pessoas que
frequentam o local.
O chefe de gabinete, Sharleston Cavalcante de Oliveira,
representando o prefeito municipal, Cícero Alves Noronha Filho, que encontra-se
viajando, comunicou a interdição aos vendedores que reagiram a situação,
cobrando do Poder Executivo mais empenho. Entorno de 40 pessoas foram retiradas do prédio do mercado. Umcaminhão foi disponibilizado para
comerciantes que necessitaram retirar suas mercadorias e moveis. Várias
barracas pequenas também serão improvisadas na Avenida Antonio Correia da
Costa, para que feirantes possam expor seus produtos. Os comerciantes de bancas
de alimentos terão que improvisar já que não há energia elétrica disponível
para que os mesmos possam manter seus alimentos.
O chefe gabinete garantiu que a Prefeitura irá tomar
providências quanto ao sistema básico de segurança, providenciando extintores,
sinalização e iluminação, além do projeto que deve ser apresentado ao Comando Geral do Corpo de Bombeiros, em Porto Velho, para análise e aprovação, após concluídas
essas obrigações os bombeiros podem reativar o prédio, porém com restrições,
dando um prazo de 180 dias para que as demais providências listadas no projeto
devam ser realizadas.
“Aqui ninguém é moleque, somos pais de família, vivemos
disso, daqui sai nosso pão de cada dia... O prefeito após a reunião que tivemos
com ele prometeu agilizar as melhorias, chegamos a pagar e construir uma outra
parte, agora estamos sendo retirados daqui”, declarou o comerciante “PQD”.
Uma outra comerciante disse que é uma falta de respeito da
Prefeitura, já que eles estavam cumprindo com as suas obrigações para manter o
local limpo e paga suas obrigações. Lamentou: “somente após a interdição que a Prefeitura
vai tomar providências, e porque esperou tanto tempo para agir?”, irritada
desabafou.
Vereadores João Vanderlei, Raimundo Barroso e "Roberto do Mercado" acompanharam a ação. O vereador "Roberto do Mercado", que já foi administrador do Mercado Público Municipal manifestou sua indignação para com o Poder Executivo. "Não importa que ano começou as cobranças (exigências), quem está a frente é que responde. Agora pais de famílias vão pagar por isso, não é justo!", disse.
Fonte: O MAMORÉ