Coluna Almanaque: PERDAS E GANHOS, LUCROS E PREJUÍZOS

Por Fábio Marques
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O Mamoré
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Por Fábio Marques

Passada a ressaca de mais uma eleição, é chegada a hora de efetuar somatórios, computar erros e acertos e reparar atos falhos. Para os pedantes que acham que entendem do negócio, o rescaldo do pós-eleição também é propício para repensar os métodos de se trabalhar a política. Em Guajará-Mirim, alguns políticos perderam a eleição por conta de seus medíocres porta-vozes. É preciso explicar para estes prepostos que não se pode impor barreiras àqueles que têm tendência a apoiar este ou aquele candidato. Alguns assessores agem como se fossem donos do candidato ou ainda pudessem jogar votos fora. Quantas pessoas com boa intenção procuram os partidos e os comitês para dizer que tem intenção de apoiar o candidato e não conseguem adentrar nos grupos de apoio compostos por conta da blindagem de maus assessores?
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Ocorre que o eleitor que participa da política também não fica sem político para trabalhar. Seja da cidade, da região ou dos cafundós do Judas. Aí quando alguns políticos perdem a eleição, ficam boiando sem saberem onde erraram. É o caso de um candidato a deputado federal da cidade que foi até bem votado mas não foi eleito por conta de sua falta de traquejo ao trabalhar a política. Não se joga votos fora em hipótese alguma.
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Portanto um aviso: deixem as portas abertas da próxima vez e não se fechem para as pessoas. Um sorriso não lhes custa nada e vocês ganham muito. Não bloqueiem qualquer pessoa que poderia estar disposta a ajudar. E outra coisa: um voto nunca é um voto isolado. Sempre acompanha no mínimo mais um. E quando o caso é de liderança ou formação de opinião, seja na imprensa, no bairro, nas igrejas, educação, cultura, família grande, vale a pena conversar.
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O surto de hipnose acoplado à cegueira de inocentes úteis e ignorantes políticos acabaram por eleger o micróbio do capitão Bolsonaro para governar este paizeco pelos próximos quatro anos. A armação das burguesias na política já derrubou presidentes como Getúlio Vargas, o pai dos pobres. Foi Getúlio quem colocou o Brasil no programa industrial, instituiu o salário-mínimo, o décimo terceiro, o direito a férias e projetou a Petrobrás para não deixar que o nosso petróleo fosse roubado pelos “Istêites”. Impediu que o Brasil se tornasse mais um posto de gasolina da American Oil. Getúlio contrariou a elite cafeeira do país e alavancou o progresso na cara e na coragem. Suicidou-se para não ter que assinar a renúncia imposta pelos golpistas. Depois, a mando dos “Istaduzunidus”, ocorreu o golpe militar para acabar com o governo de João Goulart.
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O escritor e jornalista Nelson Rodrigues dizia que toda maioria é burra. A verdade é que a maioria não entende nada de política. São analfabetos políticos. Os mais jovens votam no candidato que os pais pedem ou mandam. E a coisa só tem piorado anos após anos. O povo não tem o hábito de ler. Sentam na frente da TV e acham que estão bem informados. É muito fácil enganar o povão com o pão e circo que a mídia lhes impõe. Infelizmente o Brasil ainda é o país do futebol, das novelas, do pagode e da cachaça.


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