Por Fábio Marques
Não é novidade para ninguém que hoje em dia a felicidade se resulta
de projetos temporais que requerem prazeres imediatos tais como poder,
dinheiro, sucesso pessoal etc... Para que isto ocorra, é preciso consumo
e conforto material que implica em casa bonita, chácara campestre,
carro último tipo, lancha náutica, celular de última geração, viagens de
lazer, cartões de crédito etc...
Dinheiro na vida é tudo.
Afinal, é melhor ser um rico com saúde do que um pobre doente. É por
isto que muitos preferem viverem como ricos, que morrerem como pobres.
Rockfelller definiu o problema numa síntese: - É melhor estar chorando a
bordo de uma Mercedes-Benz do que na rodoviária. E Marilin Monroe
também acabou sacando a parada antes de se suicidar: - Já fui rica e já
fui pobre. Rica é melhor. Outras máximas: “A riqueza não traz a
felicidade. E a pobreza, muito menos”. “Um idiota pobre é um idiota. Um
idiota rico é um rico”.
De fato o dinheiro faz uma diferença do
cacete. E aqueles que passam aperreios para pagarem suas prestações em
dia são os primeiros a admitir. Pergunte a qualquer cidadão que está na
fila de apostas na casa lotérica, se ele está jogando na Mega-sena
apenas para ajudar as obras sociais do Governo. Na fila da loteria,
todos estão pensando apenas em abocanhar o prêmio máximo e o restante
que se exploda.
Toda pessoa que faz o possível e o impossível
para ter poder, dinheiro e sucesso, faz por um único motivo: Mulheres.
Melhor dizendo: para poder comer as mulheres. É só observar as fartas e
boazudas modelos que desfilam nas gandaias com cantores de pagode e
atletas de futebol. Duvido que elas posariam em iates e boates ou
trepariam em orgias e bacanais caso estes novos ricos fossem fudidos e
mal pagos como a maioria do populacho.
Dinheiro na medida ajuda. E
sobrando, ajuda mais ainda. Isto no caso pessoal. No esquema do capital
político de mercado, só tem trazido consigo embutido a ganância, a
corrupção, a roubalheira, a guerra, o desespero, a miséria, a dor, a
fome, a doença e a morte.
Mas ainda bem que algumas pessoas que,
às vezes sem perceber, perseguem valores e objetivos de vida baseados em
maneiras alienantes de existir como poder, sucesso e riqueza, parecem
já estarem se dando conta de que tudo acaba não trazendo nenhum sentido
pessoal e caindo em depressão por sacarem que a felicidade de verdade
não está ali naquelas coisas. Aí começam a olharem para traz, e entre
fantasias, utopias e flashbacks, também começam a morrerem como seres
humanos.
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“Não é pobre aquele que tem menos, mas
aquele que deseja mais; nem rico aquele que mais bens materiais possui e
sim aquele que ambiciona menos. Aqueles que vivem conforme a ordem
natural das coisas nunca estarão na pobreza. Aqueles que se preocupam
com aquilo que os outros estão falando jamais gozarão da riqueza.
Chega-se com mais segurança aos céus partindo de uma humilde cabana do
que partindo de um palácio” (Sêneca).
*Da seleção de melhores crônicas do autor.
Apoio cultural:
Coluna Almanaque: O NEGÓCIO É TER DINHEIRO!*
Por Fábio Marques
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janeiro 11, 2019
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