Já fui
apoiador do sistema. Outros tempos! Bons tempos! Hoje o sistema não é mais confiável.
Ficou incompetente e corrupto! Porém, há outro sistema, para o meu desgosto.
Imagine que
nos bancos e nas operadoras de telefonia, ele, o Sistema, é irmão siamês da incompetência,
da ineficiência, da ineficácia, do tumulto, da indecência cidadã, que nos
agride, humilha e nos traz desperdício de tempo, dinheiro e de saúde.
É que o ser
humano, ao buscar soluções bancárias e telefônicas, e vendo-se privado do bom
atendimento que mereceria recolher dos entes responsáveis, vê alterações na sua
pressão sanguínea e sofre ansiedades de todos os tipos quando prosperam a angústia
e as decepções.
Imaginemos
as pessoas moradoras nas áreas rurais, que acordando cedo, e após percorrerem
20, 25, 30 km ou mais, chegam esbaforidas e empoeiradas nas agências bancárias,
para ficar aguardando esse senhor arrogante do tempo, chamado de Sistema,
dignar-se a aparecer nos computadores que deveriam estar de plantão.
E quando são
avisados que ele, o SISTEMA, atrasou e ninguém sabe quando chega, aí a
"porca dobra o rabo"...
São horas e
horas perdidas para a inoperância, incompetência e desilusões!
No meu
tempo de bancário e de executivo, quando o SISTEMA ficava amuado e não chegava,
os profissionais se valiam da criatividade e os serviços voltavam a funcionar. Não
se punia o público alvo pela inércia de atitudes e ações!
Naquele
tempo se raciocinava da seguinte forma: se você tem um problema, você está em
CRISE! Para sair da CRISE tire o “S” dessa palavra e a decomponha mediante a
forma CRIE. Sim, crie, de criatividade!
Agora, escravizados
pela petulância do SISTEMA, ficam os responsáveis pelos donos dele, indolentes,
omissos e negligentes. Aguardando o mau humor dele, o SISTEMA, passar.
Até parece
que são apologistas dos princípios que regulam o péssimo habito gerencial: 50%
dos problemas não têm solução, e assim, não fazem nada; os outros 50% se
resolvem por si só. Então não tomam nenhuma medida...
E o povão é que se lasca!