Reclames que tem chegado todos os dias na Câmara Municipal dão conta
de que está havendo um aumento substancial no imposto dos imóveis
urbanos dos cidadãos. Pessoas têm levado faturas atuais do IPTU e
mostrado contrastes e diferenças abismais entre as contas dos anos
passados. Enquanto uns dizem que os valores estão razoáveis, outros
reclamam do aumento abusivo e dos valores absurdos.
Como caixa de
ressonância dos anseios da população e em atenção a estes reclames, a
Casa Legislativa de Guajará-Mirim realizou na noite de quarta-feira
(27), uma Audiência Pública para discutir a questão que tantos problemas
e transtornos têm causado aos cidadãos.
Sob a condução do
presidente do Parlamento Municipal, advogado Sérgio Bouez (PSB), a mesa
nesta audiência foi composta pelos vereadores Mário César (PMDB),
Roberto do Mercado (PMN), Adanildson Sicsú (PC do B), Augustinho
Figueiredo (PDT), o presidente da Associação Comercial, Delnir
Cavalcante, o representante da Loja Maçônica Michael Struthos, Samir
Melhem, o secretário da Fazenda Municipal, Roosevelt Cavalcante, o chefe
de cartório de imóveis, Joel Chaves e o corretor e avaliador de
imóveis, Marcelo Bentes.
Na abertura, o presidente da Câmara
apresentou ao público alguns boletos de IPTUs que lhe foram trazidos por
pessoas do extrato popular e que mostravam valores altamente díspares
em relação aos valores cobrados no ano passado. Em tom de revolta, o
vereador Augustinho Figueiredo sugeriu que a Câmara fizesse a suspensão
da cobrança do IPTU até que ocorram as devidas correções nas distorções
que estão havendo. Classificou como ilegal e abusivo o aumento do
imposto.
Ao procurar explicar de forma técnica o processo de
avaliação dos imóveis, o secretário Roosevelt Cavalcante. Discorreu sobre
geo-referência, planta genérica de valores, metragem de construção,
ajuste de contas e outras figuras do embromês sobre cômputos e cálculos à
anos-luz da linguagem ao alcance popular.
Na ocasião foi dada a palavra aos inscritos no livro de presença para
fazerem uso dos microfones. Um cidadão relatou que o aumento do imposto
acabou pegando muita gente de surpresa. Outro mais exaltado incitou a
população a não pagar tal tributo por considerá-lo um achaque aos bolsos
dos cidadãos. “A prefeitura não deveria receber este imposto e sim
ressarcir os cidadãos pelos danos e prejuízos causados às suas
famílias”, desabafou.
A verdade é que a danosa atuação da atual
gestão pública viola direitos alheios. Guajará-Mirim não obteve nenhuma
melhoria na sua qualidade de vida nos últimos 24 meses. E em todos os
setores é a mesma falta de critérios levando a cidade ao caos, ao
desleixo, ao abandono. A cobrança do IPTU não se afina com o atual
estado de coisas.
Ao final da reunião o presidente da Casa
agradeceu a presença de todos os partícipes, realçou que se todos
buscassem se entender no sentido de batalhar por um objetivo, serão
capazes de alcançar o êxito que almejam, garantiu que o produto da
matéria em questão não ficará fadada às prateleiras do arquivo da Câmara
e assegurou que a Casa de Leis vai elaborar uma súmula com as demandas
sociais a respeito da causa em questão a ser enviada à prefeitura,
ficando o aparato legislativo e uma comissão composta pelos cidadãos,
com a responsabilidade de analisar cada proposta de cada eixo da tabela
do Poder Executivo antes de ser votada em plenário.
Fonte: Assessoria CMGM
Câmara discute aumento do IPTU com a população
Enquanto uns dizem que os valores estão razoáveis, outros reclamam do aumento abusivo e dos valores absurdos, a audiência tratou do assunto.
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março 01, 2019
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