A única maneira de vencer a depressão é buscar diariamente meios de transformar essa dor em amor.

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O Mamoré
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A depressão é um forte indício de falta de empatia pela vida, por si mesmo e pelos outros.
Você já percebeu que quando não existe empatia em uma relação, ela desanda? Se a falta de empatia for com a gente mesmo, com a relação que estabelecemos com as nossas emoções internas… Se mesmo tentando, não entendemos o motivo pelo qual agimos como agimos, ou por qual razão não conseguimos nos desvincilhar da tristeza, acabamos perdidos em dúvidas, nos afundamos em queixas intermináveis e em reclamações infrutíferas.
Quando nos sentimos perdidos, perdemos também a capacidade de enxergar o outro, a realidade é que a falta de empatia faz com que nos distanciemos dos outros, e aos poucos, de nós mesmos, o que leva a um estado improdutivo de depressão e, infelizmente, a maioria, não sabe lidar com tudo isso.
A falta de empatia leva a um profundo mal estar nas relações afetivas e a um complexo fenômeno estigmatizado nas práticas profissionais.
Esse fenômeno que cito, é referente a falta de entendimento que se instala nos relacionamentos. As pessoas acreditam ter problemas demais para se preocuparem em entender os problemas dos outros. Querem se dar bem, porque não querem mais sentir dor, e se para isso o outro precisar se dar mal, pra eles, tudo bem! Isso acontece muito nas relações profissionais, mas também está presente nos relacionamentos afetivos claramente doentes que estão sendo estabelecidos diariamente.
A empatia é basicamente, a capacidade de entender o outro, o poder de se colocar no seu lugar, de sentir as dores e dificuldades daqueles que nos rodeiam, como se fossem nossas.
É desejar e conseguir desenvolver uma sensibilidade de compreender os processos que o outro está enfrentando com compaixão e cuidado, com respeito e amor.
Essa capacidade ainda nos falta! E a insensibilidade generalizada pode nos levar a um caminho sem volta, o caminho da indiferença, da doença emocional, da ansiedade por soluções rápidas e mágicas, e a uma completa desconexão com o que é divino em nós. Porque a falta de empatia, revela também, a falta de amor.
É fato que as pessoas estão viciadas em julgar umas as outras. Em rodas de conversa o que mais escutamos são queixas, e mais queixas. Parece que demonstrar total incompreensão em relação as dores e dificuldades alheias, virou o esporte favorito da maioria das pessoas.
A incapacidade de entender os limites, o processo evolutivo, as inseguranças e os desequilíbrios emocionais dos outros, é, para mim, a grande doença da nossa sociedade. Porque ninguém se coloca a disposição para ouvir e compreender as fragilidades daqueles que cruzam seus caminhos, mas exigem que todos os outros seres, o entendam.
Todos querem ser acolhidos e amados, mas poucos se colocam na posição de amar e acolher.
O egoísmo, nessa visão, seria a grande força motriz para a instalação do mal generalizado em todas as relações humanas. Não a depressão.
A depressão aparece como consequência das emoções desequilibradas somatizadas, que vampirizam toda a capacidade do indivíduo de sentir amor “de verdade”, minam a sua sensação de felicidade, e o impedem de sentir gratidão e empatia.
As atitudes dos outros incomodam tanto, que chegam a ferir seus corpos e suas almas, se não são os outros que ferem, a incapacidade de ressignificar as dores do mundo e as suas próprias dores, fazem dos deprimidos, um campo enérgico propício para que sejam abertos portais que serão responsáveis por espalharem a energia do egoísmo no mundo. Porque o deprimido só consegue conceber a própria dor. E para ele, a sua dor é a maior do mundo.
O egoísmo é tão evidente, na maioria dos deprimidos, que os próprios, não conseguem identificá-lo.
Os depressivos, enquanto estão deprimidos, não conseguem sentir empatia.
Ele se esconde na limitação do sofrimento, foge para esconderijo errado, como se tivesse perdido em um labirinto com a chance de sair, mas ao fazer a escolha do caminho errado, se perde mais ainda.

Essa escolha errada atua fortemente no ego, que contamina a mente com frases de ordem que geram dúvidas, e que são imperativas, que transformam a pessoa depressiva em uma marionete das forças negativas.
E muitas pessoas que sofrem com a depressão, contestarão essa afirmativa, mas já já, entenderão o real motivo pelo qual afirmo que eles não conseguem ser sentir empatia, não porque não querem, mas porque se conectam, mesmo que inconscientemente, com forças vibracionais inferiores.
A empatia exige amor, exige desprendimento, abnegação, resiliência, caridade e compaixão.
Quem está mergulhado em depressão, está dominado pelo ego que os mantém reféns e algemados ao sofrimento e a dor.
A verdade é que o depressivo não consegue ter empatia, mesmo que ele queira muito, porque a vibração dele é tão baixa, tão negativa, que impede toda e qualquer reação positiva da mente ou que qualquer ajuda encaminhada pela divina providencia possa encontrar abrigo em seu coração.
Muitos dizem que depressão é falta de fé, falta de Deus, falta de amor… Entre outras coisas que dizem por aí e que revelam a total falta de empatia da sociedade em que vivemos com aqueles que sofrem. A verdade é que “dizem” muitas coisas, e dizem sem conhecer a fundo, dizem porque não conseguem se colocar no lugar do outro, dizem… porque perderam a capacidade de sentir.

E quem está depressivo, ou se encontra em uma crise, ao escutar que isso é sinal de falta de fé, dizem: “Eu tenho fé”, “eu tenho Deus”, “eu sou fiel”, ou os ateus dizem, “eu não preciso disso”, “eu sou uma pessoa boa”… Mas a verdade é que o mal que se instala, se mostra muito mais forte do que a fé que pensava ter, mais forte do que a bondade que existe nos seus corações, mais forte do que a sua capacidade de amar a si mesmo.
Para todo o mal que se instala na alma, a cura está no amor e na caridade! “Fora da caridade não há salvação”.
A depressão se instala naquele que se preocupa demais, que sofre demais, que não aceita as situações como elas se apresentam, que possui dificuldade em perdoar, em pessoas que possuem fortes crenças limitantes, e perderam a capacidade de se conectar com a energia do amor.
Geralmente essas pessoas são muito críticas com os outros e consigo mesmas, estabelecem padrões altos para aqueles com quem convive e para si, padrões esses, quase que impossíveis de se alcançar, e se incomodam profundamente com questões que não cabe a nós entender.
Até para fazer caridade são críticos. Ou acreditam que fazem pouco, ou que de nada adiantará ajudar o próximo, ou fazem sem intenção amorosa, ou até, fazem amorosamente, mas, vibram em frequências baixas por isso sentem impotência, uma revolta interna intensa, que atrapalha o processo de reconstrução e cura interior que a caridade genuína proporciona.

“O que não tem remédio, remediado está”. Essa frase pode ser entendida por pessoas de diferentes modos.
Os preguiçosos e um tanto quanto egoístas entenderão: “Sofro e não consigo parar de sofrer, então, o que não tem remédio, remediado está. Pararei de lutar, e deixarei esse mundo “egoísta”, partirei daqui e pararei de sofrer”.
Essas pessoas que pensam assim, que desejam retirar a própria vida porque preferem fechar os olhos para o que precisam melhorar em si mesmos, demonstram total falta de empatia e uma profunda falta de entendimento, sobre si, sobre as pessoas, e sobre o mundo, e o mundo “egoísta” que enxergam, é o retrato cuspido e escarrado, do egoísmo que existe dentro deles.
A dor que sentem é tão grande, tão forte, que é quase insuportável, e é compreensível o desejo de ver tudo isso acabado, o que não dá para compreender é que saindo dessa vida de forma forçada e brusca, eles possam, de fato, acabar com essa dor. Porque isso é um grande engano. Só se livra da dor, aqui e em outro plano, quem busca se conectar com a força criadora do amor.
A depressão encontra abrigo em egos feridos. Cure seu ego, domine-o, estude o assunto, faça cursos, treinamentos, vença o orgulho e o egoísmo que te afundam!

Renasça das cinzas desses sentimentos negativos, controle suas emoções, e traga a tona a sua melhor versão.
Fácil falar, mas é difícil fazer, não é mesmo?
Perguntem para si mesmos:
O que vieram fazer aqui?
Qual serviço vieram prestar?
Quais relações vieram curar?
As respostas virão com o tempo! Persista, procure o seu propósito de vida, acredite que para tudo existe um sentido impregnado, uma lição escondida, que deve ser aprendida, acatada e resignificada!
Vocês não sabem que essa dor é gerada por esse egoísmo que enxergam nos outros, mas não em si mesmos?
Como não enxergam… não sabem o reconhecem. E não reconhecem que são orgulhosos e por isso sofrem, por conta do orgulho.
O orgulho não deixa o sofredor reconhecer onde são os pontos onde ele está errando e também impede que ele se esforce para começar uma reforma íntima, que é o melhor e mais verdadeiro remédio para conquistar a cura de qualquer mal, não só o da depressão. Mas para qualquer dor emocional que o impede de ter empatia por si mesmo e pelos outros.
O problema do depressivo é que ele faz justamente o contrário.
Ao invés de pegar para si as responsabilidades e buscar ajuda para desenvolver a capacidade de empatia para beneficiar a si e aos outros, ele mergulha em um mar de descontentamento interno, acolhe a vibração negativa, a abraça e a alimenta, e não consegue entender(empatia), nem muito menos aceitar, que toda doença aparece para ensinar algo, e melhor, para reformar algo que se quebrou dentro de cada um.
Aquele que está depressivo e consegue retomar as rédeas da própria vida, só consegue de fato recuperar o controle porque decide se unir a sua força interior e lutar contra as sombras que o agridem com as melhores armas que existe, o amor e a resiliência.

Esse consegue aprender rapidamente com aquele mal súbito, entende que deve modificar “pensamentos”, e curar “sentimentos”, busca realizar uma forte limpeza energeticamente, e acredita que a solução está em mudar a vibração, adicionando ingredientes novos a vida, com atividades que o motivem e que tragam paixão a sua vida.
Ao contrário, quem se torna depressivo cronicamente, ao invés de enfrentar de frente os problemas, acaba alimentando essas dores diariamente, e ao se entregar, acaba perdendo a capacidade de enxergar o lado positivo das coisas, e quando não se consegue enxergar o que é bom, o mal domina.
A falta de empatia é o grande problema de quem sofre.
Ele quer que as pessoas o entendam, mas ele não entende as pessoas.
Ele não quer que os outros o julguem, mas ele julga tudo e todos. E depois que ele faz isso, ele se sente mal, pior do que estava antes.

Mas ao buscar transformar essa maneira egoísta de enxergar a vida, o seu sofrimento e o problema alheio, o cenário depressivo começa a se dissolver…
Por que a caridade ajuda a desenvolver empatia?
A caridade ajuda não só pelo óbvio, que seria ver e sentir presencialmente que outros seres humanos sofrem mais do que nós. Mas o grande benefício da caridade é que quando fazemos o bem, vibramos em uma frequência de amor e compaixão.
Essa energia gerada pelo ato da caridade é multiplicada e retorna a nós, e se não estamos tendo forças para vibrar positivamente, ao fazermos o bem, recebemos um auxilio para que essas sombras comecem a se dissipar, para que a empatia comece a brotar em nossos corações.
Essa energia que chega tímida, aos poucos vai preenchendo o vazio que congelava o coração deprimido, vai limpando as lentes embaçadas que o impediam de enxergar claro, vai fortalecendo seu coração e sua mente, o protegendo dos delírios sombrios do ego, para que ele possa estabelecer mudanças significativas em sua vida.
E aos poucos o cenário muda!
O sol volta a brilhar, o paladar fica aguçado, sim, o gosto dos alimentos ficam mais evidentes, o prazer retorna, o olhar, mais positivo, o coração, mais leve, e os pensamentos, esses são os que mais beneficiam, eles passam a vislumbrar um futuro feliz, cheio de esperança, repleto de possibilidades felizes.
Para manter essa energia e essa vibração positiva devemos estar cientes de que sempre existirão provas, mas que nenhuma delas será capaz de nos enfraquecer se não permitirmos, muito pelo contrário, as provas nada mais são do que importantes meios de burilação do espirito apegado a materialidade, e a superficialidade das relações humanas.
Por tanto, enquanto estivermos apegados a fatos, situações, pessoas, sentimentos ou materialidades, ainda existirão provas para que entendamos o que realmente importa!
Quando não se aprende pelo amor, a única maneira que a espiritualidade encontra para nos chamar a atenção é fazendo com que sintamos o impacto que as nossas emoções e atitudes desequilibradas causam no mundo. Se causamos dor, com a nossa dor, recebemos mais dor, se transformamos a nossa dor em alívio e entendimento para os outros, recebemos mais alívio e atraímos mais pessoas que nos entendem.

Entendam que a dor é sinal de proteção, quando tomamos um choque, sentimos dor, mas se não o tomássemos, poderíamos morrer, pois não teríamos o ato instintivo de retirar o dedo de lá. Não é mesmo? Sentir dor não é o problema, o problema é permanecer lembrando dela por vários dias e meses, ou anos.
Sinta a dor e deixe ela ir como ela veio, deixe ela sair por onde ela entrou, e entenda: ela é uma forma de nos fortalecer para que possamos treinar a nossa capacidade de nos reerguer e ser exemplo para outras pessoas que sofrem tanto ou mais que a gente.
Talvez seja essa a sua missão! Levantar dessa cama que te consome, e ajudar as pessoas a desenvolverem empatia por si mesmas, e pelo mundo!
Ajudando os outros você ajudará a si próprio!
Não se acha capaz de fazer isso?
Comece afirmando para si mesmo que você é capaz, todos os dias! E comece hoje!
Fonte: Resiliência Humana
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