Coluna Almanaque: OSSOS DO OFÍCIO*

Por Fábio Marques.
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O Mamoré
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Por Fábio Marques
Tenho pensado muito sobre as críticas que tenho ouvido a meu respeito. Antes de mais nada, considero as críticas como uma coisa natural, mesmo porque este espaço que me é dado nos sites da cidade, são de domínio público e, é lógico, que se coloco minha opinião para este público, é mais do que natural que as pessoas que leem meus artigos, possam se expressar a favor ou ao contrário sobre as coisas que escrevo. Daí se origina o juízo de valor de se tornar parte deste processo. Portanto, as críticas são naturais.

Mas o que tem me chamado a atenção em nossa Guajará-Mirim é a forma como a grande maioria se comporta em relação à crítica. Em primeiro lugar, me espanta constatar que existem pessoas que ainda parecem ter medo de se colocar. Em outras palavras, as pessoas parecem não gostar de se expor. Elas gostam de falar nas mesas de bares e balcões de taberna, às vezes até de forma intempestiva. Tem uns que até inventam e caluniam.

O que queremos para nossa cidade? Que seja somente uma passagem para os turistas que aqui aportam para encher até “às burras” a Bolívia de dinheiro, deixando a gente a ver navios? (ou seriam “ipsis literis” voadeiras?). Ou que continuem usando nosso privilégio de zona de exportação se beneficiando dos incentivos fiscais e ficando cada vez mais ricos, deixando pra gente somente a poeira da miséria? Esta realidade é o que me faz falar, escrever e brigar. Brigar no sentido de por minha assinatura em tudo o que escrevo, sendo minhas armas as palavras, as idéias. Por isso, mesmo muitas vezes sem me fazer compreender, vou continuar dizendo o que penso e pondo minha rubrica embaixo.

Por outro lado, vou continuar “brigando” e jamais irei parar de escrever e dizer o que penso sobre os fatos políticos para me compor com tudo o que não acredito, e com tudo o que acredito serem o motivo da nossa estagnação política e econômica, muito menos de deixar de falar sobre o futuro. Se o momento é de mudanças, exigem-se propostas com começo, meio e fim, que modifiquem este cenário que hoje se faz presente.

Meu esquema de redação é simples: eu converso, escrevo, faço rascunhos e transmito o que aconteceu e o que penso. É ou não é simples? Mas isso em Guajará-Mirim, anotar e transmitir a realidade do nosso cotidiano não é tão simples assim não. Isto porque existe uma canalha política de “leprosos morais” que há décadas deseja dominar a cidade e que está sempre a espreitar e censurar o que consideram crime de lesa-majestade contra tudo aquilo que contrariam seus nefastos e malignos objetivos.

Acho que criticar é a única forma que a sociedade tem para expor suas mazelas e exigir seus direitos. Quando critico alguém aqui na coluna, não tenho a pretensão de destruir ninguém. Apenas exerço minha cidadania e o que quero é somente construir novas pontes. Por isso não negocio princípios, que são caros e imutáveis e por isso quero estar sempre ao lado das pessoas que fizeram a parte correta de Guajará-Mirim. E claro, com aqueles que se locupletam e vivem exclusivamente da coisa pública, nunca vai ter negócio, ou seja, no hay “gentleman agreement”.

*Da seleção das melhores crônicas do autor.
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