Coluna Almanaque: O PSL RACHADO E A QUESTÃO DO COMÉRCIO NA FRONTEIRA

Por Fábio Marques
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Fontes fidedignas garantem. O encontro de filiação do Partido Social Liberal (PSL) que ocorreu em todo o Brasil no último sábado, esteve marcado por intrigas e picuinhas internas em Guajará-Mirim. O PSL está rachado na Cidade Pérola. O encontro, que pelo senso comum deveria ocorrer num só espaço, fatiou-se em duas distintas reuniões. Uma na Câmara Municipal e a outra numa casa de eventos. Comenta-se nas rodas de conversa que um pelotão se aloja no quartel-general do Governo do Estado na cidade. A outra brigada, segundo os informes, se abriga nas trincheiras dos comandos em ação parlamentar do Partido em Brasília.
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Em conversa via Messenger com um assessor direto do deputado Coronel Crisóstomo, este afirmou que o parlamentar está aberto ao diálogo com todas as esferas do Partido, mas que irá acatar o que a direção nacional decidir. 
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Nesta contenda de cachorro grande, claro está que a questão é apenas de aparafusar as arruelas deixando as vaidades de lado e procurar se antenar mais na ideologia das propostas buscando sempre o consenso. Afinal, a política é a eterna procura do consenso. 
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A resolução 134/19 da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que acaba com os incentivos fiscais para empresas que derem saída de produtos mercantis para outras cidades deverá afetar ainda mais a sofrível situação do comércio de Guajará-Mirim. Dezenas de empregados de grandes atacados encontram-se de aviso-prévio, imóveis estão sem faturar os aluguéis por conta das empresas que fecharam as portas na cidade, pessoas ficaram sem emprego. Contra tudo e contra todos, a resolução da Suframa amarra a cidade e inibe seu projeto de progresso. 
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Prevendo o caos que se avista e buscando encontrar soluções pacíficas e consensuais, o presidente da Câmara Municipal, advogado Sérgio Bouez, reuniu-se semana passada em Porto Velho na Secretaria de Finanças de Rondônia com o vice-governador e o responsável pela pasta da Fazenda estadual no intuito de conjugar esforços no sentido de que se revise tal resolução urgente a fim de que vigore o império da lei de forma a incentivar o avanço comercial de Guajará-Mirim. 
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Pela redação original, o Projeto das Áreas de Livre Comércio garantia isenção de impostos aos comerciantes quando da compra de produtos de outros estados, além de dar concessão de créditos fiscais do próprio Estado. 
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Pequenos lojistas reclamam da normativa da Agência Nacional de Transportes Terrestres com regulação e controle da Receita Federal que coloca empecilhos através do sistema fechado de transportes, tornando difícil os negócios com fregueses da Bolívia. Reclamam ainda dos cartéis do comércio que se acomodam atrás dos escudos de proteção que exigem cotas mínimas para exportação e adequação a este sistema de transportes. A continuar assim, o próximo passo será o domínio do mercado através da imposição de preços tanto de produtos como do fretamento.
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Comércio de fronteira tinha que ser uma avenida de mão dupla aberta a todos, onde se compra e se vende de ambos os lados, onde a compra e a venda pudessem ser cartas do mesmo jogo, onde se exporta e se importa visando um único objetivo: o progresso dos países que se envolvem nesta transação. As grandes companhias de atacado que hoje operam no ramo só tem um objetivo: o aumento tacanho dos lucros e a morte da concorrência.
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Mamoré não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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