Inclusão social através da EAD: A geração baby Boomers

Por Marilda de Oliveira
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O Mamoré
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Marilda de Oliveira1
Orientador: Prof. Msc. Valéria Cristina Vilhena2

Resumo 
Na última década a Educação a Distância vem apresentando um crescimento, principalmente com o avanço das tecnologias e com o aumento da busca pela formação superior. Nos dias de hoje recorrer a um curso a distância torna-se vantajoso devido à flexibilidade na montagem dos próprios horários, conciliação com demais atividades e acessibilidade. O presente artigo teve por objetivo descrever como a EAD contribui para a inclusão social da geração Baby Boomers. Os integrantes da Geração Baby Boomers têm sua data de nascimento localizada, aproximadamente, entre os anos 1940 e 1960.  Apresentou algumas concepções de geração Baby Boomerse fará considerações sobre o que representa a tecnologia nessa fase da vida. Analisouos impactos das tecnologias de informação sobre a geração Baby Boomers. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, onde serão utilizados livros, artigos, monografias, dissertações e teses sobre o tema em questão.
Palavras-chave: inclusão social; educação à distância; tecnologia, geração Baby Boomers.

INTRODUÇÃO

É considerada como modalidades de educação, a educação presencial, onde os professores e alunos encontram-se sempre no mesmo lugar físico, as salas de aula com encontros fixos, denominado ensino convencional; e a educação á distancia, onde esses encontros são em lugares separados sendo essa modalidade realizada com a utilização de tecnologias de informação e comunicação, podendo ou não apresentar momentos presenciais (MORAN, 2009).
De acordo com Silva (2011), o estudo a distância surgiu no final do século XIX, com o a utilização do estudo por correspondência nos Estados Unidos através evoluindo aos moldes atuais, usando agora da interatividade e da troca de informações em tempo real através da internet.
A EAD teve sua existência legal no Brasil com a promulgação da Lei Federal Nº 9394/96 que “Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, antes disso houve várias iniciativas com a utilização de cursos sem exigências de pré-requisitos, sem certificação formal e nem formação anterior por parte daqueles que a eles tinham acesso e/ou que por eles se interessavam (HICKEL, 2009).
O termo Educação a Distância está relacionado à Inclusão Digital, devido o crescente avanço e uso das tecnologias nos modelos de EAD o que possibilita que tal metodologia de ensino ofereça a inclusão social principalmente à população que não tem acesso ao ensino superior tradicional seja por motivos geográficos ou indisponibilidade flexível de tempo, muitas vezes tendo que conciliar suas várias atividades para sobreviver, prejudicando a possibilidade de adquirir novos conhecimentos (LOPES et al, 2010).
Sendo assim, a Educação a Distância passou a ser um instrumento fundamental de promoção de oportunidades, pois muitos indivíduos, através deste tipo de ensino, tem a oportunidade de concluir um curso superior de qualidade e conseguir novas oportunidades profissionais (PORTAL DO CONSÓRCIO CEDERJ/FUNDAÇÃO CECIERJ, 2010).

O termo Educação a Distância está relacionado à Inclusão Digital, devido o crescente avanço e uso das tecnologias nos modelos de EAD o que possibilita que tal metodologia de ensino ofereça a inclusão social principalmente à população que não tem acesso ao ensino superior tradicional seja por motivos geográficos ou indisponibilidade flexível de tempo, muitas vezes tendo que conciliar suas várias atividades para sobreviver, prejudicando a possibilidade de adquirir novos conhecimentos (LOPES et al, 2010).
Sendo assim, a Educação a Distância passou a ser um instrumento fundamental de promoção de oportunidades, pois muitos indivíduos, através deste tipo de ensino, tem a oportunidade de concluir um curso superior de qualidade e conseguir novas oportunidades profissionais (PORTAL DO CONSÓRCIO CEDERJ/FUNDAÇÃO CECIERJ, 2010).
Há segundo Barros 2009, neste momento cinco gerações diferentes interagindo de forma consciente, são elas: geração Belle Époque (nascidos entre 1920 e 1939), os Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1959), a Geração X (nascidos entre os anos 1960 e 1979), a Geração Y (nascidos entre 1980 e 1999) e Geração Z nascidos a partir do ano 2000).
Interessei-me a desenvolver o tema inclusão social e EAD, durante estudos e reflexões foi observado que a modalidade Educação a distância reduz drasticamente o isolamento de pessoas que anseio por estudar e não tem oportunidade por serem donas de casa, pessoas portadoras de necessidades especiais, trabalhadores de baixa renda ou simplesmente serem da terceira idade e não estarem acostumados com o mundo tecnológico. A EAD se configura como fator de inclusão social, já que dar chances a todos terem a oportunidade de adquirirem um diploma em nível superior. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi descrever como a EAD contribui para a inclusão social da geração Baby Boomers.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÕES DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

O termo “educação à distância” esta correlacionado ao uso de recursos tecnológicos e didáticos na mediação da comunicação entre professores e alunos em locais e momentos distintos, ou seja, rompem os paradigmas educacionais tradicionais, tornando possível a relação de ensino e aprendizagem através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) (SILVA e FIGUEIREDO, 2012).
O Decreto nº 5.622 de 19 de dezembro de 2005, conceitua a Educação a Distância no Brasil oficialmente e (BRASIL, 2005): 
Art. 1o Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos ( BRASIL,2005)
Tal definição da Educação a Distância complementa-se com o primeiro parágrafo do mesmo artigo, sendo ressaltado que esta deve ter obrigatoriamente momentos presenciais, como se segue: 
§ 1o A Educação a Distância organiza-se segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de momentos presenciais para: 
I – avaliações de estudantes; 
II – estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente; 
III – defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação pertinente e IV – atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.
Há algumas definições de EAD que enfatizam a separação espacial e temporal. Perry e Rumble (1987, p. 1-2) afirmam que na EAD, professor ou tutor e aluno não se encontram juntos no mesmo espaço físico, e por isso, necessitam de meios que possibilitem uma comunicação entre ambos.

BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Segundo Silva (2011), os primórdios da EAD vieram das experiências de educação por correspondência, iniciadas no final do século XVIII evoluindo aos moldes atuais, com o uso da interatividade e troca de informações em tempo real.
A história da EAD, de segundo Maia e Mattar (2007) compreende três gerações que envolvem cursos por correspondência; a integração de novas mídias (vídeo, televisão, rádio, telefone, fitas de áudio entre outros); as universidades abertas; e a EAD online (que introduziu o uso do videotexto, do microcomputador, da multimídia, do hipertexto e das redes de computadores).
Já Moore e Kearsley (2008) definem a evolução da EAD com cinco gerações, a primeira sendo caracterizada pela oferta de cursos utiliza material impresso entregue aos alunos através do correio, denominado como estudo por correspondência ou estudo em casa pelas primeiras escolas com fins lucrativos e pelas universidades como estudo independente. (MOORE E KEARSLEY, 2008). 
O rádio foi utilizado como uma nova forma de ensino dá início à 2ª geração da EAD afirma Nitzke, Gravina e Carneiro (2008). Na década de 1950, surge a televisão educativa (anos 30 nos EUA, anos 60 no Brasil). A televisão e o rádio serviram para a transmissão das aulas sendo esclarecidas as dúvidas por correspondência no correio, telefone e, posteriormente, por fax.
Na 3ª geração foram consideradas a preparação de recursos humanos e a integração das diferentes tecnologias disponível como material impresso, os vídeos pré-gravados, as conferências por telefone as transmissões via rádio e TV, o telefone e os kits com materiais para experiências práticas a serem realizadas pelos alunos (NITZKE, GRAVINA e CARNEIRO, 2008).
Na 4ª geração, com o crescimento do uso da internet em nível mundial, a tecnologia passa a permitir uma melhor comunicação entre professor/aluno e aluno/aluno. De acordo Moore e Kearsley (2008), a teleconferência torna-se uma tecnologia significativa, tendo início com a áudioconferência (transmissão somente de áudio simultânea e multidirecional entre os participantes) e, posteriormente, através da transmissão de áudio e vídeo.
Sendo que a internet e as redes de computadores permitem em uma única plataforma de comunicação a convergência de texto, áudio e vídeo, integrando as vantagens e tecnologias das gerações anteriores e buscando superar as barreiras geográficas e de comunicação estamos vivenciando a 5ª geração da EAD (MOORE E KEARSLEY, 2008).
De acordo com Morre; Kearsley (2008) a Educação à distância não é recente no âmbito internacional, pois existem hoje, inúmeras instituições conceituadas com cursos de graduação e mestrado, fazendo uso de diversas tecnologias e estruturas em seus ensinamentos.
O processo de institucionalização da EAD ganha notoriedade nos meados do século XX com o uso do rádio e televisão como experiências educativas em algumas universidades americanas como as universidades de Iowa e Purdue e a Kansas State College. Ainda no século XX, surgem instituições voltadas especificamente para EAD com o aparecimento das chamadas Universidades Abertas (MORAES, 2007)


AS GERAÇÕES BELLE ÉPOQUE, BABYSBOOMERS, X, Y E Z

Nos últimos anos houve uma necessidade de nomearem as gerações de forma a não alinharem indivíduos diferentes com as mesmas características, já que até pouco tempo, de acordo com Serrano (2010) quando referíamos a crianças, adolescentes e idosos generalizávamos comportamentos e características.
De acordo com Barros 2009, há 02 tipos de usuários atuais de computadores: os nativos digitais que nasceram e cresceram na era digital,  e os imigrantes digitais que mesmo com as tecnologias presente no seu dia-dia não sentem-se à vontade.
Há segundo o mesmo autor neste momento cinco gerações diferentes interagindo de forma consciente, são elas: geração Belle Époque (nascidos entre 1920 e 1939), os Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1959), a Geração X (nascidos entre os anos 1960 e 1979), a Geração Y (nascidos entre 1980 e 1999) e Geração Z nascidos a partir do ano 2000).
De acordo com Oliveira (2010) a geração Belle ÉPOQUE cresceram em um mundo com grande depressão econômica, onde famílias fugiam da intolerância política devido a Primeira Guerra Mundial buscando em outros países trabalho. O uso das tecnologias estavam voltadas para o desenvolvimento bélico.
Foi considerada por Presnky e Thiagarajan (2007) como uma geração silenciosa, pois seus integrantes nasceram em uma época de crises econômicas e acreditavam que o dever vinha antes do prazer e que o trabalho era uma obrigação a ser cumprida além de respeitarem a autoridade, seguiam regras existentes sendo leais e dedicados.
A expressão Baby Boomer seria uma definição genérica do termo em inglês Baby Boom, em tradução livre, Explosão de Bebês. Tal definição refere-se aos filhos da Segunda Guerra Mundial. São os chamados pais da geração X e avós da geração Y (SERRANO, 2010)
Diferentes da geração Belle Époque, os Babys Boomers nasceram em um período de prosperidade econômica com ambiente fortemente familiar. Eram otimistas, competitivos, valorizavam as conquistas pessoais, viciados em trabalhos o que muitas vezes os faziam sacrificar a vida pessoal. Por dominarem a força de trabalho por muito tempo, obtiveram postos significativos na hierarquia das empresas (PRESNKY E THIAGARAJAN, 2007).
A geração X compreende os profissionais que construíram suas carreiras com o crescimento das organizações das quais participam ao longo dos anos, dão prioridade ao seu trabalho buscando a estabilidade financeira, deixando de lado a sua qualidade de vida e familiar (COELHO,2011).
Segundo Oliveira (2010), o surgimento da televisão afetara o ambiente familiar, pois eram usadas como moeda de troca na educação dessa geração. Ao invés de chineladas ou palmadas os castigos foram substituídos pelo controle do acesso aos programas preferidos porém ocasionou um efeito colateral já que formou uma geração apaixonada por programas televisivos artificiais e de baixa relevância.
A geração Y surgiu em um mundo que se transformava em uma enorme rede global com internet, e-mails, recursos digitais, redes de relacionamentos não precisando sair de casa, de frente do computador para ter amigos ao redor do mundo (SERRANO, 2010).
Maldonado (2005) afirma que a geração X foi a primeira a ter maior conhecimento na área da tecnologia. Preferem trabalhar para viver e não viver para o trabalho. Com a tecnologia poderiam captar os acontecimentos em tempo real conectando-se com várias pessoas, adquirindo uma visão sistêmica aceitando as diversidades.
Já a Geração Z compreende  os indivíduos que buscam informação todo tempo, influenciadas pela tecnologia, principalmente pela internet sendo conhecida por geração on line, digital, pontocom (PRESNKY E THIAGARAJAN, 2007).
Tal geração, segundo Serrano (2010) é a geração do século XXI, que trazem traços de comportamentos das gerações anteriores, unido a uma forte responsabilidade social, preocupados com o meio ambiente e sustentabilidade do planeta.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica retrospectiva de natureza exploratória e descritiva.
Segundo Gil (2007, p.44) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
A pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato, e procura explorar um problema ou situação para prover critérios e compreensão (GIL, 2007).
Na pesquisa descritiva, os fatores são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem que os pesquisadores interfiram neles (MARCONI; LAKATOS, 2006).
O levantamento bibliográfico será realizado em Bibliotecas Convencionais, nas Bases de Dados ScientificElectronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), o Portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e em revistas eletrônicas sobre educação.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

4.1 CONCEPÇÕES SOBRE A GERAÇÃO BABY BOOMERS

A geração Baby Boomer é aquela que compreende pessoas que nasceram nos anos de 1946 e 1964. Foi considerada por Presnky e Thiagarajan (2007) como uma geração silenciosa, pois seus integrantes nasceram em uma época de crises econômicas e acreditavam que o dever vinha antes do prazer e que o trabalho era uma obrigação a ser cumprida além de respeitarem a autoridade, seguiam regras existentes sendo leais e dedicados.
Oliveira (2010) afirma que os Babys Boomers respeitavam desde cedo os valores familiares e a disciplina exigida nos estudos e no trabalho. Naquela época nenhum jovem deveria contestar a autoridade estabelecida pois receberiam punições dos pais ou de seus chefes.
Ainda com Oliveira (2010) o maior acontecimento desse período foi a criação do rock and roll que contava com as baladas dançantes e atrevidas do Rei Elvis Presley, o som do piano de Jerry Lewis, os gritos dos fãs de Rolling Stones e Beatles além das músicas acidas de Bob Dylan.
“O ator James Dean teve grande influência nos jovens daquela época que ficou conhecida como “anos rebeldes” com seu lema “não confie em ninguém com mais de 30 anos” em plena Guerra do Vietnã com isso os Babys Boomers tornaram se de vez adultos e rebelaram contra as regras estabelecidas até aquele momento (OLIVEIRA, 2007).
A expressão Baby Boomer seria uma definição genérica do termo em inglês Baby Boom, em tradução livre, Explosão de Bebês. Tal definição refere-se aos filhos da Segunda Guerra Mundial. São os chamados pais da geração X e avós da geração Y (SERRANO, 2010)
 De acordo com Conger (1998) essas gerações são menos egoístas e mais ativas de todos os tempos, e devido as suas lutas continuas contra a injustiça nasceu os movimentos das mulheres, os protestos contra a Guerra do Vietnã, os movimento pelos direitos civis entre outros.

O USO DE TECNOLOGIAS PELOS BABYS BOOMERS

A geração Baby Boomer compreende pessoas que nasceram nos anos de 1946 e 1964, ou seja, nos dias atuais, estão com 56-76 anos e por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o envelhecimento em quatro estágios, sendo estes: meia idade 45 a 59 anos; idoso 60 a 74 anos; ancião 75 a 90 anos e velhice extrema 90 em diante.
O envelhecimento vem sofrendo sucessivas mudanças a cada dia, como a presença de mais idosos nas famílias, ambiente profissional, círculo de amigos e segundo o Censo 2010 realizado pelo IBGE, a ocorreu um aumento na participação dos idosos na população de 9,1% em 1999 para 11,3% em 2009 aumentando a longevidade da população em geral (BRASIL, 2010).
Raso (2004) destaca como característica importante nas pessoas da terceira idade o medo do novo e do desconhecido que eles costumam ter e muitas das vezes necessitam de incentivos familiares para iniciar algo novo em termos de estudos, lazer, ocupação em modo geral.
De acordo com Piaget (1977): 
Não há uma cronologia para aquisição do conhecimento, mas sim, uma ordem de sucessão, que é variável e dependente da experiência anterior dos indivíduos e da maturação e do meio social, que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estágio. (p. 9).
Os idosos estão demonstrando que não são pessoas parados no tempo, sempre interagindo com os mais jovens e com novas aprendizagens, o que é positivo para seu constante crescimento e atividade mental. Usar o computador já não é sonho, eles o fazem e bem, e segundo Both (2001): “[…] vivemos num tempo em que há um grande número de pessoas com idade avançada, desejando continuar sendo ativas e efetivas no meio social”. (p. 144).

O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO BABY BOOMERS 

Tendo por um lado as gerações mais recentes familiaridades com o uso da tecnologia que surgem a todo o momento, por outro as gerações mais velhas, as dos idosos sentem-se como em um bombardeio tecnológico sentindo-se analfabeta diante de novas tecnologias, sentindo dificuldades em compreender essa nova linguagem e em ter que lidar com os avanços tecnológicos, até mesmo em questões básicas com eletrodomésticos, celulares e os caixas eletrônicos instalados nos bancos (KACHAR, 2003).
Kachar (2003) constata que apesar de possuírem ampla experiências, estarem ainda no mercado de trabalho as pessoas com mais de 50 anos sofrem preconceitos em seu local de trabalho em relação ao mundo tecnológico, visto que tal conhecimento é visto como um indicador de eficiência e tal preconceito faz com elas se apropriem de novas tecnologias assim como os mais jovens para adquirir maior familiarização tecnológica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A EAD torna-se  importância da não somente como fator de inclusão de pessoas que buscam as facilidades oferecidas por ela, mas também na inclusão digital das pessoas da terceira idade. Ela representa através do acesso à educação uma ferramenta importante no processo de diminuição das desigualdades brasileiras. Percebendo assim uma garantia de uma melhoria nas oportunidades daqueles que anteriormente se encontravam à margem do crescimento e desenvolvimento, diminuindo assim a desigualdade social tão presente em nossas discussões atuais; garantindo também acesso aos mais diversos grupos existentes no nosso território resultando assim em um crescimento das oportunidades para os mesmos, funcionando como um fator de inclusão seja ela social, profissional e econômica.


REFERÊNCIAS
BARROS, D.M.V. Guia Didático sobre tecnologias da comunicação e Informação. Rio de Janeiro; Vieira & Lent, 2009.
BOTH, Agostinho. Educação Gerontológica: posições e proposições. Erechim, RS: Imperial, 2001.
BRASIL. Decreto 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o artigo 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 20 dez. 2005.
__________IBGE– Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística. Sala de Imprensa. Síntese de Indicadores Sociais 2010.
COELHO, Adriane Mara Rocha. Guerra de gerações: O que aprender com cada um delas? Informe. 2012.
CONGER, Jay. Quem é a geração X? HSM Management, n.11, p.128-138, nov./dez. 1998.
HICKEL, Melita. Educação a Distância (EAD): A Realidade Brasileira e as Contribuições de Otto Peters. Tese de Doutorado. São Leopoldo: IEPG/EST, 2009. p. 72 - 99.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. De A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1995.
LOPES, M. C. L. P. et al. Educação a Distância no ensino Superior: uma possibilidade concreta de inclusão social.Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 10, n. 29, p. 191-204, jan./abr. 2010.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC da EaD.1 ed. São Paulo: Pearson Prentice, 2007.
MALDONADO, Maria Tereza. A geração Y no trabalho: um desafio para os gestores. 2005.
MOORE, M.G., KEARSLEY, G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
MORAN, J. M. O que é Educação a Distância. Universidade de São Paulo.
MORAES, M. Guia do curso e docência em EaD: programa Aberta-Sul. Florianópolis: UFSC/UFSM, 2007.
NITZKE, J.A., GRAVINA, M.A.; CARNEIRO, M.L. O Percurso e a Institucionalização da EAD na UFRGS. In:Congresso Brasileiro de Ensino Superior a distância.5. 2008, Gramado; Seminário nacional ABED de Educação a distância, 6., 2008, Gramado.
OLIVEIRA, S. Geração Y: o nascimento de uma nova versão de líderes. São Paulo: Integrare Editora, 2010.
PIAGET, Jean. Equilibração das Estruturas cognitivas. Lisboa: Dom Quixote, 1977.
PORTAL DO CONSÓRCIO CEDERJ/FUNDAÇÃO CECIERJ. Institucional (histórico da Fundação CECIERJ) e graduação (metodologia e cursos).
PRENSKY, M.; THIAGARAJAN, S. Digital Games – based Learning. Londres. Continuum Publishing, 2007.
SERRANO, D. P. Geração X, Geração Y, Geração Z. Portal do Marketing, 2010. 
SILVA, Fabiana Santos da. EaD e Inclusão Social: Desafios e Possibilidades noCenário Brasileiro. 
SILVA, Camila Gonçalves; FIGUEIREDO, Vitor Fonseca. Ambiente virtual de aprendizagem: comunicação, interação e afetividade na EAD. Revista Aprendizagem em EAD – Ano 2012 – Volume 1 – Taguatinga – DF outubro /2012.
TIJIBOY, Ana Vilma.Um Olhar Sócio-histórico sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Especial. FRANCO, Sérgio Roberto Kieling (org.) Informática na Educação: estudos interdisciplinares. Porto Alegre, Editora da UFRGS, 2004.
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