Os 807 focos contabilizados representam 8,4% a mais que o
registrado na semana anterior, e uma média de 115,3 focos por dia.
Porto Velho está no topo do ranking dos municípios do
estado, com 366 pontos de queimadas que representam cerca de 46% de tudo o que
foi registrado em Rondônia.
Porto Velho: 45,98 %Nova Mamoré: 11,68 %Candeias do Jamari:
8,79 %Cujubim: 8,67 %São Francisco do Guaporé: 4,4 %Nova União: 2,64 %Urupá:
2,39 %Chupinguaia: 2,14 %Vilhena: 1,63 %Corumbiara: 1,38 %Outras 21 cidades com
10 ou menos focos: 10,3 %
Na última terça-feira (18), Porto Velho registrou em um
único dia 445 focos de calor, e foi o município com o maior número de queimadas
registradas em todo o país, ficando a frente de Lábrea (AM), Poconé (MT),
Colniza (MT) e Apuí (AM):
Lábrea - 157
Poconé - 124
Colniza - 112
Apuí - 89
Do total de focos de calor, 51 foram registrados em terras
indígenas, 152 em unidades de conservação estaduais, e 44 em unidades de
conservação federais.
A coleta dos dados
Um foco precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1
metro de largura para que os chamados satélites de órbita possam detectá-lo. No
caso dos satélites geoestacionários, a frente de fogo precisa ter o dobro de
tamanho para ser localizada.
Ciclo do desmatamento
As queimadas na Amazônia têm relação direta com o
desmatamento. O fogo é parte da estratégia de "limpeza" do solo que
foi desmatado para posteriormente ser usado na pecuária ou no plantio. É o
chamado "ciclo de desmatamento da Amazônia".
Após o fogo, o pasto costuma ser o primeiro passo na
consolidação da tomada da terra. Nos casos em que a ocupação não é contestada e
a terra é de qualidade, o próximo passo é a exploração pela agricultura.
O que provoca as queimadas?
Como a Amazônia é uma floresta tropical úmida, os incêndios
mais recorrentes ocorrem quando a madeira desmatada fica "secando"
por alguns meses e, depois, é incendiada para abrir espaço para pastagem ou
agricultura. Segundo especialistas, um incêndio natural não se alastraria com
facilidade na Amazônia.
As queimadas são apenas uma das etapas do ciclo de uso da terra na Amazônia. Depois do desmate, se nada de novo acontecer, a floresta pode se regenerar. Uma floresta secundária, no entanto, nunca será como uma original, mesmo que uma parte da biodiversidade consiga se restabelecer. Na prática, o que acontece é que a mata não tem tempo de crescer de novo.
Fonte: G1
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