IFRO: Campus Guajará-Mirim encerra projeto de extensão “Sexta-Cultural”

Devido ao período de distanciamento social em consequência da pandemia, o Projeto Sexta Cultural continuou e executou atividades de forma on-line.
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O Mamoré
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Foram realizadas apresentações e exposições artísticas produzidas pelos discentes, mais a criação e participação em festivais culturais e espaços artísticos, ampliando o conhecimento, produção em arte e integração com a sociedade

 O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Guajará-Mirim, finalizou o projeto de pesquisa e extensão “Sexta-Cultural”. Aprovada pelo Edital 12/2019 Proex/REIT, a ação objetivou oportunizar o diálogo entre a produção cultural dos discentes com artistas e produtores culturais da região. Foram realizadas apresentações e exposições artísticas produzidas pelos discentes, mais a criação e participação em festivais culturais e espaços artísticos, ampliando o conhecimento, produção em arte e integração com a sociedade.


O primeiro evento ocorreu em agosto de 2019 e teve como primeira ação o “Festival do Estudante”, no Campus Guajará-Mirim, onde vários alunos dos cursos integrados se apresentaram e enriqueceram o ambiente com vozes cantando diferentes gêneros musicais. No segundo encontro participaram artistas locais. Realizado em 2 de outubro de 2019, contou com momento em que desenhistas, poetas, artesãos, instrumentistas, dançarinos e músicos de cidade mostraram seus trabalhos.

O terceiro evento foi o Café Poético, realizado em outubro de 2019, sempre no início do turno matutino: quando os estudantes chegavam para iniciar as aulas eram recebidos com poesia e uma mesa farta com o café da manhã. A quarta parte da atividade foram as Salas de Cinema, evento realizado com filmes de temática histórica. Na quinta ação, ocorreu no miniauditório o Tributo à Música Popular Brasileira, momento que artistas (professores e alunos) rendem um tributo à MPB. Todas essas fases do projeto ocorreram no próprio Campus Guajará-Mirim.

Em 2020, devido ao período de distanciamento social em consequência da pandemia, o Projeto Sexta Cultural continuou e executou atividades de forma on-line. E a sexta ação, em 18 de setembro de 2020, foi denominada “No tom e no compasso do Sexta”, realizado pelo Google Meet e Youtube. O fechamento do projeto de extensão reuniu artistas de três estados brasileiros, Ceará, Rio Grande do Sul e Guajará-Mirim/Rondônia. Durou quase três horas e contou com músicos, dançarinos, arte viva e instrumentistas.


Participaram alunos dos cursos integrados (Informática e Biotecnologia), mais a comunidade interna e externa do IFRO Campus Guajará-Mirim. De acordo com o Coordenador do Projeto, Carlos André Trindade de Oliveira, o momento é de gratidão ao campus, às professoras Enísia e Marcela pela realização do evento, aos bolsistas William Yohn e Carlos Eduardo pela disponibilidade, identidade com o projeto e demais serviços prestados para que os eventos se concretizassem. Ao professor Etnã pelo suporte técnico e aos intérpretes em Libras Laurindo e Dúnia.


“Primeiramente queremos agradecer a nossa instituição (IFRO), através da Proex, que através de seu olhar atencioso ao tripé que constitui a nossa instituição, incentivou o ensino, a pesquisa e extensão, através do Edital 12/2019, proporcionando-nos uma oportunidade ímpar para que alunos e professores desenvolvessem cinco atividades (Festival do Estudante, Noite Cultural com os artistas locais, Tributo à Música Brasileira, Café Poético e Sala de Cinema). Atividades presenciais e, em virtude, da covid-19, seu encerramento através de uma atividade não presencial. Com apresentações artísticas que envolveram não somente a comunidade local, mas artistas de outras regiões do Brasil que abrilhantaram ainda mais o nosso projeto, promovendo assim a interação entre os diferentes cursos que compõem o campus com a comunidade local, em especial com artistas, bem como o desenvolvimento da sensibilidade humana de cada um e o gosto pela arte e suas diferentes manifestações, tal como foi proposto no projeto”, falou o Coordenador.

Segundo a Professora de Artes, Marcela Lima, o evento realizado de forma on-line possibilitou a participação de pessoas fora do estado. O projeto estava previsto para finalizar em dezembro de 2019, com uma Cantata Natalina, porém, não foi possível na época, devido a dificuldades de tempo em reunir e ensaiar o grupo para a apresentação.

 “Foi uma imensa alegria poder reunir os alunos do IFRO Campus Guajará-Mirim com outros ex-alunos que participaram diretamente do Ceará/Cariri, a Angra Silva, e da região sul do país, o Jefferson Ribeiro. Assim como oportunizar aos alunos dos primeiros anos a participação pela primeira vez no evento. Considero importante que as ações realizadas pelo Sexta Cultural continuem a acontecer. Como coordenadora do NEPC (Núcleo de Extensão em Práticas Artísticas e Culturais do Campus Guajará-Mirim), o objetivo agora é pensar em outros projetos com ações semelhantes, porém, para além da questão do entretenimento, que possam também ser ações que suscitem o debate, a criticidade e a múltipla experiência artística em diferentes linguagens, envolvendo também, a literatura e o cinema”, comenta a docente.

Alan Nunes Martins é aluno do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. “Minha primeira vez participando do Sexta Cultural e para mim está sendo uma alegria e tanto. Agradeço imensamente por abrirem essa porta para nós alunos, para que pudéssemos compartilhar com todos os nossos talentos. Isso nos incentiva a cada dia aperfeiçoar-nos naquilo que amamos fazer. Através das canções entoadas e dos talentos expressos alcancem outras vidas que possam encontrar-se desmotivadas. Deixo minha enorme alegria em está com vocês e a todos que se dedicaram para que este evento se tornasse inesquecível, perfeito, maravilhosíssimo”.

Para Angra Silva: “Senti-me muito honrada em fazer parte de um evento tão bonito, tão emocionante. Nunca imaginei que eu pudesse sentir frio na barriga on-line, mas isso foi o que aconteceu. E estar ao lado de tantas apresentações de uma riqueza artística fez de mim uma pessoa muito satisfeita na noite do evento. Quero muito agradecer à minha querida Marcela Lima e agradecer a todos vocês pela oportunidade de conhecer vocês e o trabalho. Vocês me incentivam e gostaria de perpetuar esse incentivo dando continuidade a esse contato que estabelecemos neste primeiro momento e parabenizar a toda equipe e dizer que realmente me senti muito honrada e lisonjeada e também de ter uma música cantada com uma interpretação em Libras tão emocionante e tão expressiva”.

O Bolsista do Projeto, Carlos Eduardo, aluno do terceiro ano no Técnico em Manutenção e Suporte em Informática, afirmou que “o Sexta Cultural é um evento direcionado a todos os públicos e visa proporcionar um momento, em todos os aspectos possíveis, de apreciação à arte – música, dança, poesia, instrumental, canto – e de harmonia entre todos os participantes. O trabalho de organizá-lo não é simples, todavia, ao vermos o resultado de nosso esforço nos sentimos realizados e felizes com o sucesso que é esse projeto”.

Segundo o estudante do primeiro ano do Técnico em Biotecnologia, Thiago Dias Nunes, que se apresentou tocando sax, “esse foi o meu primeiro Sexta Cultural e de forma on-line, mesmo assim, não deixou de ser especial. Nele prestigiamos talentos até de outros estados. Desde sempre quero agradecer a professora Marcela Lima e aos demais e dizer que foi muito bom participar desse evento com vocês”.

A aluna Fernanda Coelho Nunes, do segundo ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, apresentou uma música autoral que emocionou a todos os presentes. “O Sexta Cultural on-line foi uma experiência bem agradável. Fico feliz em poder participar desse evento onde temos tantos talentos e estarei participando sempre que puder”.

Willian Yohn, bolsista do projeto, também concorda com a assertividade do projeto. “Ter feito parte do projeto me proporcionou experiências com o trabalho em equipe, como saber contornar problemas que ocorriam nas apresentações ao vivo. E pude conhecer e prestigiar o trabalho de artistas únicos. O primeiro Sexta Cultural não foi o maior dentre todos, mas foi o mais simbólico, pois ali o projeto deu seu primeiro passo, e eu levarei as experiências vividas comigo”, diz.

Conforme a Professora de Língua Portuguesa, Enísia Soares de Souza, “projetos com essa proposta dão à instituição de ensino um ar de leveza na seriedade que é a formação humana de jovens comprometidos com a autonomia intelectual. É como se estivéssemos nos presenteando com um ‘intervalo’ da luta diária, alimentássemos nosso espírito com o belo e nossa alma, embebecida, agradecesse os momentos tão ímpares pelos quais passamos”.


Fonte: Assessoria


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