A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta terça-feira (22), uma operação para investigar uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, tráfico de armas e lavagem de dinheiro em seis estados. De acordo com a corporação, foram cumpridos 23 mandados de prisão e 43 mandados de bloqueios de ativos financeiros, no valor total de R$ 514 milhões.
Ainda segundo a polícia, também a Operação Geografia do Crime cumpriu outros 27 mandados de busca e apreensão domiciliar e 17 sequestros de veículos. Todos foram expedidos pela Vara Única da Comarca de Ferreiros, no Agreste pernambucano.
Operação da Polícia Civil aconteceu em sete estados na manhã desta terça-feira (22) — Foto: Polícia Civil/divulgação
Os mandados foram cumpridos no Recife e em Tamandaré, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Caruaru, São José do Belmonte, Gameleira, em Pernambuco.
Os agentes atuaram também em Maceió, em Alagoas; em Belo Horizonte, Cambuí e Santa Luzia, em Minas Gerais; em Boa Vista, em Roraima; em Porto Velho e Nova Mamoré em Rondônia; em Pontes e Lacerda, em Mato Grosso.
Ao todo, 17 sequestros de veículos também foram realizados durante a operação desta terça-feira (22) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Na operação, foram empregados 170 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além do apoio da Polícia Civil dos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Roraima, Rondônia, Piauí e Alagoas.
De acordo com a polícia, as investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel), além do apoio do Laboratório de Lavagem de dinheiro (LAB).
De acordo com o delegado Álvaro Grako, responsável pela investigação em Pernambuco, os crimes era m praticados por integrante de uma facção que atuam em todo o país e no exterior.
Residência em Pontes e Lacerda, no Mato Grosso, onde mandados foram cumpridos na manhã desta terça-feira (22) — Foto: Polícia Civil/Divulgação
O dinheiro arrecadado com o tráfico no estado era enviado para os estados que fazem fronteira com países produtores de drogas. Nesses locais, os euros passavam por lavagem e voltavam na forma de dólares.
"Tudo era comandado por dois presidiários de Pernambuco. Um está no estado e outro encontra-se preso em uma unidade federal, foram de Pernambuco, em Mato Grosso do Sul", afirmou, em entrevista coletiva, concedida no Recife.
Entre os itens apreendidos na operação, as joias chamaram a atenção. "Uma delas, apreendida em Roraima, com brilhantes, custava R$ 300 mil", disse.