Por Solano Ferreira
Avançam as tratativas entre os poderes legislativos estaduais brasileiro e boliviano sobre as relações exteriores entre Rondônia e Beni e, com isso, aumentam as expectativas de empresários interessados em negócios entre as partes. Desde anos de 1930 e 1940, nos ciclos da castanha e da borracha, o comércio bilaterial sempre teve importância para a região. Consolidar uma rede de negócios na atualidade e visualizar possibilidade de ampliações futuras podem garantir crescimento regional com menores custos.
Muitos produtos existentes em um e em outro lado dessa fronteira são adquiridos atualmente em mercados mais distantes. Facilitar as compras por aqui, tornarão os custos menores e os produtos finais ficarão mais competitivos. É o caso do calcário rondoniense que desperta o interesse dos bolivianos e o sal mineral boliviano que interessa à pecuária rondoniense, além de diversos outros produtos que circulação entre Rondônia (Brasil) e Beni (Bolívia).
O porto alfandegário está com obra avançada em Guajará-Mirim e a ponte bilateral já consta no planejamento de obra do governo brasileiro. São importantes obras estruturais necessárias para as relações exteriores e logísticas de transportes. Do lado boliviano também já existe rodovia asfaltada, alfândega e outras estruturas para que os negócios aconteçam.
Ao ser consolidado, esse comércio bilateral fortalecerá a economia regional não somente entre Rondônia e Beni, mas em meio e longe prazo, consolidar outros mercados mais distantes, podendo chegar até o Peru. Por isso, tocar adiante esse projeto e adiantar as demandas legais são decisões prioritárias para o avanço desse antigo sono de brasileiros e bolivianos.