A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou proposta que regulamenta a fabricação, a importação, o armazenamento, o transporte, a comercialização e o uso de artigos pirotécnicos, sinalizadores, balões e produtos similares.
Foi
aprovado o substitutivo do relator, deputado Coronel Chrisóstomo (PSL-RO), ao Projeto de Lei 3381/15, do
Senado, com regras sobre a venda de sinalizadores náuticos. O relator analisou
24 apensados, aproveitando o conteúdo de 16 deles.
“Em 2013,
um torcedor boliviano de 14 anos morreu após ser atingido por um sinalizador
disparado por um torcedor do Corinthians. Em 2017, o incêndio na boate Kiss por
conta de um show com uso de artigo pirotécnico provocou 242 mortes. Essas duas
tragédias não são fatos isolados”, destacou Coronel Chrisóstomo.
Segundo o
relator, cabe ao Congresso Nacional aperfeiçoar as normas sobre fabricação,
importação, armazenamento, transporte, comercialização e uso de artigos
pirotécnicos, sinalizadores, balões de papel e produtos similares. O texto
aprovado revoga o Decreto-Lei 4.238/42, que
atualmente trata desse assunto.
O Coronel
Chrisóstomo definiu ainda uma série de infrações penais e administrativas no
parecer aprovado. A queima não autorizada de fogo de artifício será crime com
pena de detenção de seis meses a dois anos ou multa. Já a soltura irregular de
balão terá como pena a reclusão de dois a quatro anos e multa.
O
substitutivo define uma classificação para os produtos, estabelecendo o uso
restrito a profissionais para aqueles com potencialidade para causar lesão
grave e morte ou danos ao patrimônio e ao meio ambiente. As fábricas só poderão
ser instaladas na zona rural. Deverá haver leis específicas para atacadistas e
varejistas.
Caberá à
União editar normas, conceder licenças e autorizações e fiscalizar esses
produtos. Estados e Distrito Federal terão competências suplementares, sendo
responsáveis, entre outras, pelas regras sobre comércio e atividades
profissionais. Municípios fiscalizarão os itens classificados de menor
potencial explosivo.
Tramitação
O projeto
ainda será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o
Plenário.