Em resposta, a secretaria informou que o homem é um motorista. Ele e outros
servidores participavam de uma fiscalização de rotina no parque, juntamente com
uma equipe da PM, no momento em que foram emboscados por um grupo de pessoas.
O confronto
durou aproximadamente 15 minutos e o servidor foi baleado no antebraço. Ele foi
atendido no local com os primeiros socorros e depois encaminhado até um
hospital, onde foi atendido e medicado. A Sedam informou que ele passa bem e já
recebeu alta médica.
Em
entrevista à Rede Amazônica, o secretário de estado da segurança, defesa e
cidadania, José Hélio Pachá, informou que o policiamento na região foi
reforçado após o episódio.
"A
Polícia Civil já iniciou as investigações e estamos disponibilizando também uma
de nossas aeronaves para reforçar esse patrulhamento", afirmou.
'Bico do Parque'
Em junho deste ano, foi deflagrada uma operação na área
conhecida como "Bico do Parque", para combater a ocupação, comércio e
a exploração ilegal de recursos naturais no Parque Estadual Guajará-Mirim.
O Bico do Parque é uma Zona de Amortecimento que serve para "filtrar os impactos" que ocorrem fora da unidade de conservação, como poluição e avanço da ocupação humana. Investigações iniciadas um ano antes da operação apontaram que os danos ambientais causados na unidade ultrapassavam R$ 80 milhões.
Algumas semanas após a ação, no dia 28 de junho, cerca de 60
famílias foram retiradas da mesma área.
Lei n° 1.089 e desmatamento
O parque estadual está localizado entre os municípios de
Guajará-Mirim e Nova Mamoré. Recentemente, após a aprovação da lei complementar
n° 1.089, os limites do parque estadual e da reserva Jaci-Paraná sofreram uma
redução de aproximadamente 220 mil hectares.
A lei foi proposta pelo governador de Rondônia, Marcos Rocha
(PSL), aprovada na Assembleia Legislativa do estado e sancionada em maio. Mas
há duas semanas, a Justiça de Rondônia declarou a lei inconstitucional.
De acordo com o voto do relator, desembargador Jorge Ribeiro
da Luz, os órgãos ambientais apontaram que não houve estudo prévio para
mensurar os impactos ambientais da desafetação e mapear a população residente
nas áreas.
Dados divulgados pela ONG WWF Brasil à Rede Amazônica,
apontam que o desmatamento nas duas áreas aumentaram consideravelmente após a
aprovação da lei, sobretudo no Parque Estadual Guajará-Mirim.
Os dados são referentes a janeiro a outubro de 2021
Fonte: ONG WWF
Conforme os dados da WWF, o Parque Estadual Guajará-Mirim
não teve sequer um km² desmatado entre janeiro e abril deste ano. Após a
aprovação da lei, o desmatamento na área já chega a 40 km².
Fonte: G1
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