e Nova Mamoré
Várias aldeias indígenas de Guajará-Mirim e Nova Mamoré receberam a visita de uma equipe da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com o intuito de atender e orientar técnicos indígenas formados em agroecologia com capacitação técnica, apoio operacional e monitoramento de ações para o desenvolvimento da agricultura familiar local.
O projeto “Agroecologia para Povos Indígenas”, do Governo de Rondônia, desenvolvido pela Seagri visa fomentar os processos produtivos dentro das aldeias e em áreas extrativistas, estruturar o povoado indígena com equipamentos como: farinheira; despolpadeiras; capacitações para a formalização de associações; empreendedorismo para que possam ter o viés do melhor processamento e comercialização; instalação de um aviário agroecológico, além de ajudar a vencerem os obstáculos logísticos para o escoamento da produção.
O projeto contemplará o diagnóstico com o perfil das aldeias, quantitativos de mudas e calcário, colheita e comercialização.
A visita dos técnicos da Seagri foi solicitada por mais de 30 alunos indígenas de Guajará-Mirim e Nova Mamoré formados pela Escola Técnica em Agroecologia Abaitará, que estão com seus projetos parados há mais de dois anos por falta de apoio técnico.
“A Seagri está compromissada em atender os técnicos em agroecologia nas aldeias dando diretrizes para executarem algum cultivo, bem como apoio operacional e capacitação em associativismo empreendedor para se organizarem a fim de receberem as políticas públicas do Estado, para comercializarem seus produtos, deixando de produzirem apenas para subsistência”, informou o secretário da Seagri, Evandro Padovani.
Nesta primeira etapa do projeto, quatro aldeias foram visitadas, sendo elas: Aldeia Ribeirão, Aldeia Limão Boa vista Lage, Aldeia Sagarana e Aldeia Sotério. Atualmente, os indígenas produzem para a subsistência, com exceção da comunidade da Aldeia Ribeirão que teve após a formação dos alunos do povoado, o plantio de dois hectares de milho, um hectare de mandioca e melancias que foram comercializadas em Nova Mamoré e plantaram feijão para a subsistência. As demais plantam mandioca para produção de farinha.
“A ideia é ampliar e otimizar a produção com a venda da farinha, goma, tucupi, além de incentivar o plantio de batata doce, inhame e tubérculos no geral que possuem boa comercialização. Caso tudo isso aconteça, em breve a realidade das aldeias mudará ao explorarem as suas riquezas naturais sem necessidade de degradação”, disse Padovani.
Segundo o técnico em agroecologia, Ailton Oro Waram Xijein, que faz parte da Aldeia Ribeirão, este suporte técnico é muito importante para fortalecer a agricultura nas aldeias e possibilitar renda a todas as famílias. “Esta é a primeira vez que estamos recebendo este tipo de apoio. Eu agradeço muito aos envolvidos e acredito que será um trabalho de sucesso. É um trabalho que sempre quisemos fazer na nossa comunidade. Queremos implantar na comunidade o plantio de batatas, bananas e mandioca, e como técnico em agroecologia estou disposto a ajudar minha comunidade e ver o resultado. Estamos muitos felizes de receber os técnicos da Seagri que vieram conhecer a nossa realidade e ajudar com nossas produções”.
O projeto “Agroecologia para Povos Indígenas” inicial será desenvolvido pela Seagri com o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
Fonte: Secom/RO
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