Por Lúcio Albuquerque
FOTO DO DIA
A VIÚVA E O DEFUNTO APEDREJADO
Em 1984 o ex-dirigente da Arena, José Sarney, ingressou no MDB e saiu vice na chapa liderada por Tancredo Neves que, pelo voto indireto, foi eleito presidente da República.
Com a morte de Tancredo, em abril de 1985, sem assumir o cargo, Sarney tornou-se o presidente brasileiro, e seus principais adversários foram os “históricos” do seu partido, o MDB.
Em todo o país multiplicaram-se as manifestações, e em Guajará-Mirim, à frente o líder do MDB na região o comerciante Almir Candury, resolveram fazer o “enterro simbólico” de Sarney,.
Como “enterro simbólico” não pode ser sem um caixão, Candury deixou a turma em frente ao cemitério de Guajará, derrubando várias garrafas, e foi numa camionete comprar um caixão.
Quando pagava a urna apareceu uma mulher pedindo que ele doasse a ela, para poder sepultar o marido. Ele acabou concedendo.
Botaram o caixão na carroceria e foram em direção ao cemitério, onde o corpo se encontra sobre uma pedra.
Quando a camionete se aproximou do “campo santo”, onde se encontravam os “coveiros”, já com várias garrafas na cabeça, eles resolveram apedrejar o caixão, xingando etc.
Até o Candury (foto) explicar a situação para os seus parceiros, a mulher só fazia chorar dizendo que o marido não prestava, mas não sabia que tinha tantos inimigos.